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Satélite venezuelano é lançado com sucesso na China

O satélite venezuelano de telecomunicações Simón Bolívar foi lançado nesta quinta-feira (30) às 0h53, hora local de Xichang, sede do centro espacial chinês. Com este passo, a nação sul-americana entra definitivamente na era espacial, reafirma sua opção

Uma grande bandeira da Venezuela, pintada sobre a parte superior da fuselagem do foguete portador Longa Marcha 3, levou ao espaço o satélite que homenageia o libertador da América do Sul.



Uma delegação oficial integrada pelos ministros da Educação, Héctor Navarro, e de Ciência e Tecnologia, Nuris Orihuela, presenciaram o lançamento a partir do centro de controle de vôos.



Segundo o chefe do programa, Luis Holder, o processo de colocar o satélite em órbita obedeceu  às condições meteorológicas na zona de lançamento, na China.



Depois de um percurso pela planta de operações e estação principal em Sombrero, no estado de Guárico, o especialista afirmou que o Venesat I terá um uso social para oferecer serviços a localidades remotas que hoje não os recebem, precisou.



“Quando a América Latina presencia o esforço dos venezuelanos para colocar em órbita um satélite se dará conta de que damos passos firmes para o desenvolvimento de nossos povos”, afirmou Holder à Prensa Latina.



Obra da cooperação sino-venezuelana, que significou a preparação de 90 profissionais do país sul-americano em especialidades aeroespaciais, o satélite Simón Bolívar estará localizado na órbita hemisférica 78-Oeste, cedida pelo Uruguai.



A uma distância de 36 quilômetros da Terra numa posição geoestacionária, o satélite permitirá o desenvolvimento de programas de telemedicina e educação à distância com a colaboração de outros países latino-americanos.



Na opinião de Holder não se trata de recuperar a toda custa o investimento de 406 milhões de dólares no satélite, porque a vida humana não tem preço, afirmou em declarações à Prensa Latina.



Ao comentar sobre as possibilidades de outros países para aderir ao Simón Bolívar, respondeu que dependerá da assinatura de acordos bilaterais.



No marco da cooperação Sul-Sul, continuou, a Venezuela está disposta a avançar com as nações que assim o requeiram, sem ter — esclareceu — um interesse comercial.



O satélite transmitirá em bandas C (rádio e televisão), KU (transmissão de dados e Internet de alta velocidade) e CA (televisão digital), mesmo que inicialmente seja empregado para transmissão de dados.



De acordo com fontes da Agência Bolivariana para Atividades Espaciais, a qual administrará o satélite em seus 15 anos de vida útil, todos os pormenores do lançamento serão observados pelos venezuelanos através do canal Venezuelana de Televisão.