Satélite venezuelano é lançado com sucesso na China
O satélite venezuelano de telecomunicações Simón Bolívar foi lançado nesta quinta-feira (30) às 0h53, hora local de Xichang, sede do centro espacial chinês. Com este passo, a nação sul-americana entra definitivamente na era espacial, reafirma sua opção
Publicado 29/10/2008 17:49
Uma grande bandeira da Venezuela, pintada sobre a parte superior da fuselagem do foguete portador Longa Marcha 3, levou ao espaço o satélite que homenageia o libertador da América do Sul.
Uma delegação oficial integrada pelos ministros da Educação, Héctor Navarro, e de Ciência e Tecnologia, Nuris Orihuela, presenciaram o lançamento a partir do centro de controle de vôos.
Segundo o chefe do programa, Luis Holder, o processo de colocar o satélite em órbita obedeceu às condições meteorológicas na zona de lançamento, na China.
Depois de um percurso pela planta de operações e estação principal em Sombrero, no estado de Guárico, o especialista afirmou que o Venesat I terá um uso social para oferecer serviços a localidades remotas que hoje não os recebem, precisou.
“Quando a América Latina presencia o esforço dos venezuelanos para colocar em órbita um satélite se dará conta de que damos passos firmes para o desenvolvimento de nossos povos”, afirmou Holder à Prensa Latina.
Obra da cooperação sino-venezuelana, que significou a preparação de 90 profissionais do país sul-americano em especialidades aeroespaciais, o satélite Simón Bolívar estará localizado na órbita hemisférica 78-Oeste, cedida pelo Uruguai.
A uma distância de 36 quilômetros da Terra numa posição geoestacionária, o satélite permitirá o desenvolvimento de programas de telemedicina e educação à distância com a colaboração de outros países latino-americanos.
Na opinião de Holder não se trata de recuperar a toda custa o investimento de 406 milhões de dólares no satélite, porque a vida humana não tem preço, afirmou em declarações à Prensa Latina.
Ao comentar sobre as possibilidades de outros países para aderir ao Simón Bolívar, respondeu que dependerá da assinatura de acordos bilaterais.
No marco da cooperação Sul-Sul, continuou, a Venezuela está disposta a avançar com as nações que assim o requeiram, sem ter — esclareceu — um interesse comercial.
O satélite transmitirá em bandas C (rádio e televisão), KU (transmissão de dados e Internet de alta velocidade) e CA (televisão digital), mesmo que inicialmente seja empregado para transmissão de dados.
De acordo com fontes da Agência Bolivariana para Atividades Espaciais, a qual administrará o satélite em seus 15 anos de vida útil, todos os pormenores do lançamento serão observados pelos venezuelanos através do canal Venezuelana de Televisão.