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China quer papel mais ativo na solução da crise econômica

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e o presidente, Hu Jintao, dão sinais de que a China poderá utilizar parte de sua reserva em dólares para ajudar a resolver a crise financeira. Mas espera ter um papel político mais relevante no novo si

Um artigo publicado no jornal China Daily afirma que é chegada a hora do país desempenhar um “papel ativo” no sistema financeiro mundial. A afirmação do jornal vem um dia após o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pedir que China e países produtores de petróleo doassem mais recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI).


 


O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e o presidente, Hu Jintao, já deram indícios de que a China poderá utilizar parte dos US$ 1,9 trilhão de reservas que possui para socorrer as economias ocidentais, mas espera em troca ter um papel político mais relevante no novo sistema econômico internacional.


 


No último fim de semana, durante um fórum que reuniu líderes da Ásia e Europa em Pequim, Wen Jiabao afirmou que países “emergentes” devem desempenhar um papel maior na supervisão de organizações financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial.


 


Junto com o Japão, a China é um dos principais credores da dívida externa dos Estados Unidos, possuindo títulos do tesouro norte-americano estimados em cerca de meio trilhão de dólares.


 


“Mais moedas, especialmente o yuan chinês, deveriam ser incluídas na cesta de reservas globais”, afirmou ao China Daily Tang Min, vice-secretário geral da Fundação Chinesa de Desenvolvimento e Pesquisa Econômica, se referindo à composição do Fundo Monetário Internacional (FMI).


 


Guo Shuqing, que é atualmente presidente do Banco de Construção da China e ex-vice-presidente do Banco Central, também apóia um papel preponderante de Pequim na nova ordem econômica que será discutida em Washington.


 


“As autoridades devem abraçar ativamente essa oportunidade e tomar a liderança na reconstrução do sistema monetário internacional”, defendeu Guo. “De certa forma a China já se tornou a maior exportadora de capital do mundo e deveria ter o direito de opinar sobre o novo sistema”, disse ele. Tang também destacou que os interesses dos outros “emergentes”, inclusive do Brasil, deverão ser levados em consideração no encontro do G-20. “Nós devemos ter em mente os interesses dos outros emergentes quando negociarmos com os países desenvolvidos”, afirmou. “Trata-se de uma nova ordem: é um sistema que vai garantir segurança financeira e proteger os interesses de todos”, sublinhou ele.


 


Em 15 de novembro, líderes do grupo dos vinte países, o G-20, que inclui “emergentes” como China, Brasil e Índia, se reunirão em Washington para discutir soluções à crise, a reformulação do sistema financeiro mundial e possíveis reformas em instituições como o FMI e o Banco Mundial. Ambas organizações foram estabelecidas após a Segunda Guerra Mundial na conferência de Bretton Woods.


Fonte: http://www.outroladodanoticia.com.br/