Onda grevista: policiais civis ameaçam parar em sete estados
Quarenta e cinco dias depois de iniciada a greve dos policiais civis em São Paulo, a onda de reivindicações começa a atingir outros estados. Sindicatos de policiais civis de Rio Grande do Sul, Rio, Bahia, Amazonas, Acre, Paraná e Alagoas já ameaçam inicia
Publicado 30/10/2008 19:53
O Rio Grande do Sul é o estado onde as possibilidades de greve são maiores. Entre os dias 4 e 6, os policiais civis vão parar por três dias. Além disso, a categoria votou em assembléia, na semana passada, um “indicativo de greve geral”.
“O governo analisa desde janeiro um projeto para regulamentar a aposentadoria especial dos policiais civis e até agora não fomos chamados para conversar. Caso o governo não inicie negociação, a tendência é partir para a greve”, diz Emerson Aires, vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
No Rio, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado convocou na quarta uma assembléia para votar o indicativo de greve. O baixo quórum, de cerca de 100 policiais, levou a organização a transferir a votação para o dia 17, na rua onde mora o governador Sérgio Cabral (PMDB). A categoria reivindica reajustes salariais e a reestruturação da carreira.
Nas duas próximas semanas, haverá assembléias na Bahia, no Paraná e no Acre. No Amazonas, uma manifestação de policiais civis foi convocada para o dia 14. “Como trabalhamos junto à Zona Franca de Manaus, o movimento é forte e pode contagiar outros Estados da região”, afirma Maurício Buriti, presidente do sindicato.
Em Alagoas, onde a categoria ficou em greve entre março e agosto, os policiais aguardam a retomada das negociações com o governo para a regulamentação da aposentadoria especial. Caso isso não ocorra, uma assembléia será convocada no início do próximo ano.
A insatisfação das polícias levou a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) a convocar uma reunião com todos os sindicatos de policiais civis no dia 10, em Brasília. “Vamos discutir um movimento nacional. Aposentadoria especial e reestruturação de carreira são as pautas em comum”, diz o presidente, Jânio Gandra.
Entre 14 e 16 horas de quarta, policiais civis de 14 estados e do Distrito Federal paralisaram as atividades em solidariedade ao movimento grevista de São Paulo, segundo balanço da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil.
Fonte: O Estado de S.Paulo