Apesar de furacões, Cuba prevê crescimento econômico em 2008
O ministro da Economia de Cuba, José Luis Rodríguez, afirmou que 2008 será um ano de “crescimento econômico” para a ilha, apesar dos prejuízos causados há dois meses pela passagem de dois furacões. A informação foi divulgada no sábado (1º) pelo jornal
Publicado 02/11/2008 11:58
Este ano “será de crescimento econômico para Cuba”, apesar de que no segundo semestre, por causa dos furacões, o crescimento não alcançará “os resultados do primeiro”, que foi de 6%, disse Rodríguez. “Gustav” e “Ike” são os nomes dos furacões cuja passagem atingiu o país entre 30 de agosto e 9 de setembro.
Segundo o ministro, “o principal desafio neste momento é a reconstrução do país, cuja perda inicial era calculada em US$ 5 bilhões”. Agora, no entanto, as autoridades estimam que tenha sido um prejuízo maior.
Rodríguez afirmou que o país “conta com os recursos necessários para enfrentar com sucesso os problemas climáticos severos”. Ele também negou que a situação atual seja “similar” à de 1993 — o pior ano do período especial, como se chama a severa crise econômica que o fim da União Soviética gerou na ilha.
O ministro da Economia disse que não haverá interrupção no “desenvolvimento dos programas sociais como o de construção de imóveis”. O governo cubano continuará subsidiando os alimentos básicos, “apesar do custo de importação ter triplicado nos últimos oito anos, superando a marca de US$ 2 bilhões”.
Para Rodríguez, será necessário “ajustar as despesas aos recursos disponíveis, aumentar a produtividade, diversificar a receita, trabalhar para substituir importações e traçar uma adequada política investidora que priorize imediatamente as despesas na infra-estrutura para o desenvolvimento da produção”.
O ministro frisou que a ilha terá que “continuar trabalhando” perante a perspectiva da crise financeira internacional — e “a certeza de que não haverá uma mudança de política do governo de Washington”, independentemente de quem sair vitorioso nas próximas eleições.
Segundo números oficiais, em 2007 Cuba teve um crescimento econômico de 7,5% — 2,5 pontos abaixo do previsto pelas autoridades e menos do que os 12,5% de 2006 e os 11,8% de 2005. Em dezembro passado, o ministro da Economia previu perante o Parlamento que o crescimento seria de 8% em 2008.
Da Redação, com informações da EFE