Lula Morais propõe discussão sobre sementes transgênicas

O deputado Lula Morais, através da Comissão de Meio Ambiente da AL, realizará nesta terça-feira, 18/11, uma audiência pública para discutir a instalação de um laboratório de sementes transgênicas de algodão e mamona no Ceará pela empresa chinesa Biocentur

Para o parlamentar, o desenvolvimento de sementes transgênicas é um assunto que divide opiniões dos ambientalistas e que necessita de maiores esclarecimentos. “Com essa finalidade convidamos técnicos da área para falar dos benefícios e malefícios desse tipo de prática para um posicionamento consciente da sociedade que será diretamente afetada pela biotecnologia”, destaca.


 


De acordo com seus defensores, as sementes transgênicas representam o futuro da agricultura; elas são também testemunho do engenho e providência do empreendimento científico, representando a única maneira de fornecer o necessário para alimentar a crescente população mundial nas próximas décadas.


 


Os crítico a esse tipo de cultura mostram-se apreensivos diante da “intrusão na natureza”, exemplificada pelas sementes transgênicas, salientando aspectos como:  inadequação de procedimentos que avaliem riscos; questões de escolha dos consumidores e rotulagem de produtos transgênicos; ameaças à biodiversidade; perigos de controle do suprimento de alimentos pelas grandes empresas; e o solapamento potencial das condições necessárias para a agricultura orgânica; além do uso corrente destas  sementes para o lucro empresarial,


 


A principal característica das sementes híbridas é que apenas a sua primeira geração é adequada para o plantio. Os descendentes de suas sementes de primeira geração perdem suas características originais. Com isso, os produtores são obrigados a sempre comprar sementes novas. Enquanto que as sementes crioulas (naturais) são patrimônio de toda a humanidade as sementes transgênicas foram criadas e são propriedade privada.


 


Por outro lado, a transgenia permite um melhoramento “pontual” das características genéticas, através da inserção de um ou poucos genes e da conseqüente expressão de uma ou poucas características desejáveis, tendo um produto final de “melhor qualidade.


 


Foram convidados para esclarecimentos sobre o assunto: Dr. Antonio Balman, representante do governo, Dr. Napoleão, da Embrapa Algodão (Campina Grande/PB), Dr. Liv Soares, para avaliar as sementes transgênicas da mamona e Dr. Pedro Jorge que trabalha com o algodão orgânico no Ceará há vários anos.
 
 
Fonte: Assessoria de Comunicação do Deputado Lula Morais