Funcionários de hospitais da Ulbra entram em greve
Funcionários de dois dos quatro hospitais mantidos pela Ulbra paralisaram as atividades ontem. Os servidores de outros dois estabelecimentos geridos pela instituição também ameaçam parar a partir de hoje por causa de salários atrasados.
Publicado 10/12/2008 09:44 | Editado 04/03/2020 17:11
A medida foi tomada ontem por cerca de 70 profissionais, entre enfermeiros, auxiliares e técnicos em enfermagem, dos hospitais Luterano, em Porto Alegre, e de Tramandaí, no Litoral Norte, devido à falta de pagamento. Ambos mantiveram somente 30% dos atendimentos, com prioridade para os casos de urgência.
No fim da tarde de ontem, funcionários de Tramandaí receberam os salários relativos ao mês de novembro, o que motivou a realização de uma nova reunião no local, às 23h. Os participantes, segundo o diretor jurídico do SindiSaúde, Gilmar França, não chegaram a uma definição quanto aos rumos do movimento e decidiram marcar uma assembléia para as 8h de hoje, no mesmo local, quando deverão decidir se a paralisação será mantida.
“Apesar de terem recebido os salários de novembro, eles estão muito preocupados. Ainda não receberam o 13º, e não há qualquer garantia de que os postos de trabalho serão mantidos”, disse França.
Com a iminência de paralisação também nos hospitais Independência, da Capital, e Universitário, em Canoas, a partir de hoje, os representantes do Sindisaúde estimam que o número de funcionários parados poderá chegar a 130.
Ontem, em audiência com o ministro da Saúde, José Temporão, deputados gaúchos pediram auxílio do governo federal para a crise. Temporão propôs uma reunião entre o ministério, a Secretaria Estadual da Saúde e os municípios sedes das instituições.
O que diz a Ulbra
A Ulbra preferiu não se manifestar sobre a paralisação dos funcionários de seus hospitais. A universidade não informou se há uma previsão para o pagamento dos salários atrasados.