Estudantes penduram cartazes anti-governo na Acrópolis

Em um dos cartazes, de 360 metros quadrados, se podia ler a palavra ''resistência'' em grego, francês, alemão, inglês e italiano, enquanto um segundo cartaz convocava para amanhã o dia de solidariedade na Europa pela morte do jovem de 15 anos pela polícia grega.

As autoridades gregas obrigaram os estudantes a retirar os cartazes do monumento arqueológico, situado em uma colina que domina o centro da cidade, informou o canal de televisão estatal NET.

Além disso, meia centena de estudantes ocupou os escritórios da Confederação Geral dos Trabalhadores da Grécia (GSEE) para exigir a libertação de seus companheiros detidos, após 12 dias de protestos contra o governo direitista e a brutalidade policial.

Os jovens também exigiram que a GSEE convoque para amanhã uma greve geral de 24 horas para repudia a violência e denunciar a difícil situação econômica do país.

Ao mesmo tempo, moradores do bairro de Exarchia, onde em 6 de dezembro dois agentes balearam Grigoropoulos em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas, se manifestaram diante da delegacia de polícia, exigindo o castigo dos implicados no assassinato.

A Federação de Estudantes do Ensino Secundário, os trabalhadores membros do Partido Comunista Grego e os estudantes convocaram uma marcha no centro da cidade.

Um grupo de estudantes entrou na última terça-feira na emissora NET para exortar os cidadãos do país a participarem dos protestos, um ato que fez com que o diretor da emissora de televisão, Jristos Papagopulos, viesse a pedir demissão, pedido negado pelo governo em seguida.

Na cidade de Salônica, cerca de 200 pessoas se manifestaram na noite de terça-feira diante de um tribunal onde foram libertados, sob fiança, agentes que há dois anos surraram outro adolescente.