Professores realizam protesto pela implantaçãodo piso nacional
A professora Márcia Gabriela, por exemplo, espera que o piso unificado seja implantando no Estado, o que elevaria seu salário em quase R$ 1.000, devido à especialização que fez
Publicado 17/12/2008 10:18 | Editado 04/03/2020 16:35
Mais de mil professores realizaram uma manifestação no Centro pela implantação do piso nacional para a categoria no Ceará. De acordo com Gardênia Baima, presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindiute), o Governo do Estado não está querendo implantar o valor do piso nacional de R$ 1.100, sancionado em 16 de julho, para os professores, a partir de janeiro. “Ele quer um valor de R$ 950 para elevar o nível de um a dez. É um piso pirata. E essas mobilização vai sempre acontecer todo dia 16”.
A categoria também criticou o que considera uma falta de diálogo em relação à greve dos professores do Estado, iniciada dia 27 de novembro. “No mês passado, tivemos reuniões com o governador (Cid Gomes), o vice, (professor Pinheiro), e a secretária da educação (Izolda Cela). Eles apenas se reúnem conosco mas não negociam nada. Pedimos uma intermediação do conselho de educação da Assembléia Legislativa para o impasse”, explica Gardênia, durante a passeata de ontem, que saiu da Praça da Bandeira em direção à Praça do Ferreira.
Ela diz que a maioria dos 40 mil professores da rede pública estadual estão sem dar aulas. Gardênia explica que, com a greve, as atividades escolares serão repostas no ano que vem, embora reconheça que nem a carga horária da greve do ano passado foi reposta. “Teremos uma assembléia geral hoje, no Aécio de Borba, para avaliarmos o movimento. Nos comprometemos a repor as aulas”, diz ela, acrescentando que, na próxima quinta-feira, haverá uma reunião com a Secretaria Municipal da Educação sobre o piso.
A professora Márcia Gabriela, 33, espera que o piso unificado seja implantando no Estado, o que elevaria seu salário em quase R$ 1.000, devido à especialização que fez. Atualmente, o valor fica próximo a R$ 2.000. “Mas a gente trabalha bem mais que a carga horária, preparando as aulas e corrigindo as provas”, diz Márcia, que leciona há 11 anos, sendo sete como professora efetiva e quatro como temporária.
O POVO tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Seduc na noite de ontem, mas não atenderam ao telefone.