Sem segurança, Cesar Maia é obrigado a adiar inauguração da Cidade da Música
O fim do governo Cesar Maia (DEM) tem sido de grande desgosto para o prefeito. Sua menina dos olhos – a Cidade da Música – que seria inaugurada no dia 18, teve a abertura embargada, pois o Corpo de Bombeiros não liberou o local. A obra, que começou em 200
Publicado 19/12/2008 19:13 | Editado 04/03/2020 17:05
Depois de fazer uma nova vistoria no lugar, a Divisão Geral de Diversões Públicas do Corpo de Bombeiros, que já havia vetado a realização do evento, voltou a impedir a inauguração prevista para quinta (18), às 21h. Coube ao secretário municipal das Culturas, Ricardo Macieira, cancelar o evento, o que pegou alguns convidados que chegaram a ir ao local desavisados.
O Corpo de Bombeiros justificou o embargo dizendo que o espaço não oferece segurança às 900 pessoas esperadas para a apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira. Pois foi constatada a falta de alguns itens de segurança, como: tubulações, hidrantes e caixa para guardar as mangueiras de combate a incêndio; equipamentos para bombear a água até as mangueiras; sinalização para orientar o público; e portas antipânico nas duas saídas de emergência da sala principal.
A instituição havia permitido apenas que a Prefeitura inaugurasse o espaço, sem a participação do público. O ato deveria ser simbólico, com corte de fita e poucos convidados, o que não era suficiente para o prefeito Cesar Maia, que já comparou a Cidade da Música ao Taj Mahal e disse que a obra não era para agora, mas para o futuro.
A Cidade da Música, que custaria inicialmente R$ 80 milhões, ainda não tem previsão de encerramento. Cesar Maia ainda deixou para o próximo prefeito uma conta de R$ 34 milhões para terminar o projeto.
A polêmica obra foi, inclusive, alvo de uma CPI na Câmara Municipal. O relatório apresentado pelo vereador Roberto Monteiro (PCdoB), autor do pedido de abertura da CPI, apontou diversas irregularidades, como a violação da lei que regulamenta as normas para licitação e contratos da administração pública.
Na conclusão do relatório, o vereador afirmou que a “CPI acumulou elementos e provas suficientes para sugerir ao Ministério Público o indiciamento do Secretário de Obras, Eider Dantas, do Secretário das Culturas, Ricardo Macieira e, solidariamente, do Prefeito Cesar Maia, por improbidade administrativa por terem violado artigos que regulamentam as normas para licitação e contratos da administração pública”.
Do Rio de Janeiro
Marcos Pereira