Cursos facilitam a inclusão de portadores de deficiência no mercado de trabalho

A Lei Federal 8.213/91 determina cotas mínimas de portadores de deficiência para empresas com 100 funcionários ou mais. No entanto, milhares de vagas em todo o País deixam de ser preenchidas por falta de portadores de necessidades especiais qualificados p

Adilson Carlos Cunha dos Santos, 25 anos, é um dos beneficiados pelo PSAI. Com limitações nos membros inferiores, sempre teve interesse em aprender uma profissão e garantir sua independência pessoal e financeira. Aos 16 anos tomou conhecimento dos cursos do Senai voltados para mecânica de carros e desde então já concluiu seis deles: Eletricidade básica, Combustão interna (álcool e gás e outro de diesel), Suspensão, Alinhamento e balanceamento e Manutenção básica de motos. Funcionário de uma oficina em Messejana, Adilson  afirma que os cursos abriram as portas do conhecimento para ele. “Sempre recebo propostas de outras oficinas, mas gosto de onde trabalho” diz. Agora pensa em fazer o curso de Injeção Eletrônica.


 


Ele foi um dos 103 alunos dos cursos da área automotiva. Além dessa área, o SENAI capacitou 257 pessoas em Informática, 91 no setor de alimentos e bebidas, 32 em eletroeletrônica, 22 no segmento gráfico e o restante dividido em cursos das áreas de Gestão (8), calçados (1), metalmecânica (7), vestuário (4) e segurança (1).


 


José Fernandes, portador de deficiência visual, recebeu capacitação em Informática ano passado. Conta que não sabia nada de computação quando começou. Hoje diz estar pronto para trabalhar em área administrativa e está estudando para concursos. “Em tudo se exige Informática hoje”, observa. Além da qualidade dos cursos ofertados, Fernandes destaca o fato de serem gratuitos.


 


Os professores elogiam a dedicação dos alunos com necessidades especiais. “É uma experiência de ensinar e aprender”, resume Marcos Paulo Sousa Silva, professor do curso de Instalações Elétricas Prediais. Como o objetivo do SENAI é promover a inclusão, as classes são formadas por alunos com e sem necessidades especiais. Em alguns casos, como para os alunos portadores de deficiência auditiva, o professor conta com o auxílio de um intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). No final, o conteúdo teórico e prático é ministrado e assimilado a contento, segundo o professor.


 


O coordenador no Ceará, do Programa SENAI/CE de Ações Inclusivas, Cid Fraga, explica que a instituição vem fazendo sua parte em todo o País porque reconhece a importância da capacitação desses trabalhadores a fim de que as vagas disponíveis sejam aproveitadas em sua plenitude. “A pessoa com deficiência precisa ser contratada por sua capacidade de exercer determinado trabalho e não exclusivamente pela sua deficiência física”, observa.
 
    
Mais Informações:


Programa SENAI/CE de Ações Inclusivas – (fone: 85 3421 5435 / 3421 5500) 
   
 


Fonte: Agência da Boa Notícia