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Portugal descarta incentivos fiscais específicos para mídia

O ministro português dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, negou a possibilidade de oferecer incentivos fiscais específicos à comunicação social, defendendo que as empresas do setor podem recorrer aos apoios disponibilizados pelo Governo pa

“Na atual conjuntura”, não deve ser dado “nenhum apoio específico” ao segmento da mídia, disse o ministro à Agência Lusa.



“No quadro das iniciativas que o Governo disponibilizou, as empresas de qualquer setor têm apoios em troca de cumprirem determinados compromissos”, lembrou, acrescentando que “não faz sentido a ideia de que a indústria da mídia estivesse à margem” destas medidas.



Várias empresas de mídia, tanto de imprensa como de publicidade, defendem a disponibilização de incentivos fiscais a quem investir em publicidade como forma de incentivar o consumo e recuperar a economia.



O ministro dos Assuntos Parlamentares já admitiu ter recebido essa proposta, revelando que o pedido foi “remetido às autoridades fiscais”.



Para Santos Silva, as empresas de comunicação social devem candidatar-se às “medidas disponíveis para todos os setores da atividade econômica” atribuídos quando é garantida “a manutenção de empregos” e “são feitos novos investimentos nas áreas”.



Iniciativas



O Governo luso aprovou novas regras para apoio ao emprego, publicadas sexta-feira no Diário da República (diário oficial luso), e que visam um investimento público de 580 milhões de euros (R$ 1,71 milhões).



O plano tem como prioridades a manutenção do emprego, o apoio no acesso e no retorno ao emprego e a ampliação da proteção social.



“As pequenas e micro-empresas (com até 49 trabalhadores), que são a grande parte das empresas de jornalismo, podes receber apoios desde que reduzam as taxas devidas à Segurança Social, invistam em contratações de desempregados de longa duração ou apostem na formação e qualificação dos seus trabalhadores”, explicou.



Além disso, acrescentou o ministro, “podem também receber incentivos fiscais se procederem a novos investimentos”.



O plano não contempla investimentos publicitários, que “dependem do dinamismo da economia”, como ressaltou Santos Silva.



Fonte: Agência Lusa