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Sarney aceita pedido de exoneração de funcionário da mansão

Em entrevista concedida na manhã desta terça-feira (3), o presidente do Senado, José Sarney, aceitou o pedido de demissão do diretor-geral, Agaciel Maia. ''Lamento que esse episódio tenha chegado a esse resultado, uma vez que se trata de um dos funcionári

Nesta segunda-feira (2), Sarney encaminhou a denúncia para ser apurada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Hoje, alegando que não queria ser motivo de desagregação político-partidária na Casa, Agaciel ofereceu seu pedido de afastamento permanente. ''É a imagem do Senado. Nenhum de nós tem o direito de prejudicá-la'', afirmou o senador na entrevista.



De acordo com Sarney, esse afastamento foi discutido com o diretor-geral, assim como a hipótese de um afastamento apenas transitório, ideia afastada porque manteria latente o problema resultante das acusações a ele feitas. O afastamento é definitivo.
O presidente do Senado observou que todos os servidores são obrigados por lei a apresentar anualmente declaração patrimonial a ser submetida ao TCU. É essa corte que verifica a legalidade e a legitimidade dos bens e rendimentos declarados pelos servidores, confirmando a compatibilidade entre as variações patrimoniais e os rendimentos auferidos.



''Acho que, com isso, se resolve esse assunto que, lamentavelmente, prejudicou a imagem do Senado. Todos temos o dever de preservar essa imagem para o bom andamento dos trabalhos do Senado'', insistiu.


 


Agacei entregou o cargo protestando inocência: “Mostrei documentos, declarações de imposto de renda e todas as certidões que provam que não há nada contra o servidor Agaciel da Silva Maia”. Ele julga haver “uma coloração política em cima de tudo isso” e comentou:



“Se alguém tiver que ser dado em sacrifício para que isso se acalme, estou disposto a ser sacrificado. Vou além do que estão pedindo [afastamento temporário do cargo] e peço meu afastamento definitivo do cargo de diretor-geral”.



Questionado pelos jornalistas por que não foi o próprio autor da demissão, Sarney respondeu: ''Seria de extrema indelicadeza se eu o demitisse sem que tivesse alguma acusação formal contra ele. Ele pediu demissão e eu aceitei''.



Sarney também afirmou que o cargo de Agaciel será ocupado pelo diretor-geral adjunto, Alexandre Gazineo. Questionado sobre se Agaciel pode voltar ao cargo, na hipótese de o TCU inocentá-lo, disse que o repórter estava especulando sobre um fato futuro, impossível de ser avaliado agora.



Com informações da Agência Senado