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Dilma critica a 'ditabranda' da 'Folha de S. Paulo'

Durante um seminário sobre mulheres no poder realizado nesta terça-feira (10), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, criticou o conceito de “ditabranda” publicado em editorial da Folha de S.Paulo de 17 de fevereiro. “Sou produto da dura

A Folha, no editorial, havia minimizado os horrores do regime militar no Brasil (1964-1985). “Muitos ainda chamam a ditadura de ditabranda. Uma inversão absurda da questão relativa a qualquer processo de restrição de liberdade, de prisões. Não interessa se (os mortos) são dois, se são cem, se são mil”, disse a ministra.


 


Dilma — que militou em organizações de esquerda — foi presa aos 18 anos e torturada durante o regime militar. Ela lembrou que a ditadura não apenas foi violenta mas também restringiu a liberdade. A ministra disse ainda que a repressão do regime não distinguia homens e mulheres. “A violência que bate em Pedro, bate em Maria. Basicamente foi isso que aconteceu.”


 


No último domingo, a Folha publicou um artigo em que o diretor de Redação, Otavio Frias Filho, considerava um “erro” o uso do termo ditabranda. Entretanto, manteve a posição do jornal de considerar a ditadura militar brasileira “menos repressiva que as congêneres argentina, uruguaia e chilena — ou que a ditadura cubana, de esquerda”.


 


Da Redação, com informações do Comunique-se