Jô Moraes reage a insulto de Bolsonaro e defende memória do Araguaia

Depois de ouvir o discurso do deputado federal e militar reformado, Jair Bolsonaro (PP/ RJ), nesta manhã (11), em que elogia os governos militares – em especial o general Médici -; chama o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo Lula de “Pr

A deputada, também foi vítima da perseguição do regime militar de 1964, quando, com apenas 17 anos, teve de deixar sua casa, a família e a escola para não ser presa. Jô, então estudante secundarista, viveu vários anos na clandestinidade, tendo sido acolhida por  uma família mineira para não ser jogada nos porões do Dói-Codi, a polícia política do governo militar.

Vilipêndio

“Sou mulher que lutou no passado e continuo a lutar no presente pela democracia, pela liberdade. Fui presa duas vezes. Tenho orgulho de integrar um partido que teve suas vítimas mortas naquele período. Os seus ossos são um patrimônio sagrado da história da luta de nosso povo e a eles reverencio”, disse a parlamentar.

Em seu pronunciamento no plenário da Câmara, Bolsonaro afirmou não existir mais ossos dos combatentes do Araguaia, porque eles foram enterrados em cova rasa “e os porcos comeram os ossos”. O deputado também estendeu suas ofensas às mulheres ao elogiar aquelas que foram às ruas em apoio ao regime militar . “Quem pediu para que os militares assumissem? Foi a Igreja Católica, foram as mulheres de verdade naquela época — porque hoje em dia as mulheres não são de verdade como naquela época — , que fizeram passeatas na rua e pediram para que os militares assumissem”.

De Belo Horizonte,
Graça Gomes