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Meirelles é “malhado” na cruzada pela redução dos juros

Antes do anuncio do Comitê de Política Monetária  (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros da economia, a Selic, trabalhadores defenderam nesta quarta (11) uma redução na taxa de até 2 pontos percentuais. Isso depois que o Instituo Br

Acampados em frente ao Banco Central (BC), desde terça (10), dirigentes da Força Sindical malharam nesta quarta o “Judas” Henrique Meirelles, presidente do BC. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, afirmou no ato que havia margem para o corte de 2 pontos percentuais. Segundo ele, se os países mais atingidos pela crise baixaram drasticamente os juros, o Brasil precisa tomar o mesmo caminho.


 


Presente no ato, o presidente da Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados, deputado Sabino Castelo Branco (PTB-AM), informou que promoverá em breve reunião com todas as centrais sindicais para discutir especificamente a questão dos juros.


 


O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, disse que a defesa da queda de 2 pontos percentuais era consensual entre as centrais sindicais. “Depois que a produção industrial despencou no Brasil, achamos que a queda tem que ser de no mínimo de 2 pontos”, defendeu. A CTB também acampou em frente ao BC de São Paulo, na Avenida Paulista.


 


A queda no PIB levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a cobrar pessoalmente de Henrique Meirelles um corte acentuado na taxa Selic. Com isso, o governo espera que o empresariado não suspenda os investimentos e a população continue consumindo.


 


Em entrevista à TV Globo, o ministro Guido Mantega disse que a queda do PIB abalou as projeções de crescimento do governo. “Ficou difícil atingirmos aquela meta de crescimento de 4% na qual eu vinha falando a vocês. Porém, o governo continuará tomando as medidas necessárias, de modo que a economia brasileira tenha o melhor desempenho possível, dadas as condições que estão estabelecidas”.


 


A oposição criticou o governo por ter subestimado a crise o que foi negado pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff para quem o governo tomou as medidas necessárias como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), do Imposto de Renda e ampliação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Dilma disse também que o governo não vai criar um gabinete para tratar da crise, como sugeriu a oposição.


 


De Brasília,


Iram Alfaia