Morales defende descrminalização da folha de coca na ONU
O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu, na 52ª Conferência das Nações Unidas sobre drogas, em Viena, a retirada da folha de coca da lista internacional de substâncias proibidas. Mascando ele mesmo folhas de coca diante dos ministros dos 53 países
Publicado 11/03/2009 15:15
“Isso é uma folha de coca, não é cocaína, é parte de uma cultura. Não é nociva para a saúde, não provoca males físicos nem dependência”, disse, com algumas folhas na mão. “A mastigação é isso. Não faz mal a ninguém. Não é porque mastigo que sou narcodependente. Hoje sou produtor de coca. Não quer dizer que sou narcotraficante. Se isso é uma droga, então podem me prender”, completou.
O presidente boliviano acrescentou que estas folhas são cultivadas há 3.000 anos e são o símbolo da identidade e a cultura dos povos andinos. E tratou de refutar antigos argumentos médicos que desencorajavam o consumo da folha de coca. A proibição, argumentou, “constitui um atentado contra os direitos dos povos indígenas”.
Morales se comprometeu a lutar contra a cocaína, o narcotráfico e as drogas. Na Bolívia, terceiro país produtor mundial depois da Colômbia e Peru, são cultivados 28 mil hectares de folhas de coca.
Com informações do site aporrea.org e da Agência Boliviana de Informação