Greve na construção civil na Bahia continua

Em assembléia na manhã desta segunda-feira (16/3), os operários da construção civil decidiram pela continuidade da greve, pelo menos até a audiência de conciliação com o patronato que acontece no Ministério Público, em Salvador, na próxima quarta-feira, à

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria na Construção e da Madeira do Estado (Sintracom), a proposta do patronato, que oferece aumento de 10% para servente, 8% para servente prático e 6% para os demais operários, não atende às necessidades da maior parte da categoria. “Estes índices não são suficientes para resgatar o poder de compra do nosso salário. Antes tínhamos um piso salarial de um salário mínimo e meio, mas agora o piso mal chega a um salário mínimo”, afirmou Raimundo Brito, presidente do Sintracom Bahia.


 


O reajuste de 13% reivindicado pelos trabalhadores garantirá piso salarial de R$ 494,94 para ajudante comum, R$ 531,10 para ajudante prático e R$ 866,37 para operário qualificado. A construção civil emprega cerca de 100 mil pessoas, sendo 40 mil na Região Metropolitana de Salvador. A greve iniciada na sexta-feira, atinge canteiros de obras em várias cidades do interior do estado, como Alagoinhas, Feira de Santana, Juazeiro e Vitória da Conquista.


 


Segundo o presidente do Sintracom, esta campanha salarial é a mais participativa da categoria nos últimos anos. Pela primeira vez acontece um movimento unificado na Bahia, reunindo o Sintracom-BA, o Sindticcc (de Camaçari), a Federação dos Trabalhadores na Construção (Fetracom-BA) e os sindicatos filiados nos municípios e as centrais sindicais Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical. O Sintepav está apoiando o movimento.


 


 


De Salvador,


Eliane Costa