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Crescem denúncias de racismo no Rio de Janeiro

As denúncias de racismo no Rio de Janeiro têm aumentado cotidianamente. É o que revela balanço do Disk Preconceito, divulgado nesta quinta-feira (19), pela Comissão de Combate às Discriminações e Preconceito da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro

O serviço oferece apoio jurídico e social. Além disso, presta informações sobre como notificar a violência, orientando as vítimas a registrarem ocorrência em uma delegacia de polícia. Advogados também acompanham o envio dos inquéritos ao Ministério Público. Até o fim de fevereiro, 31 denúncias se tornaram processos, que devem ser analisados pela Justiça.



De acordo com a presidente da comissão, a deputada estadual Beatriz Santos, a maior parte dos casos era de injúria. “Coisas como macaco e crioulo fedido”, informou durante audiência pública.



Segundo a deputada, a maior parte das vítimas era de mulheres negras, mas também há registro de pessoas com deficiência, na capital e no interior.



Para ampliar o atendimento às pessoas vítimas de discriminação, a Secretaria Estadual de Assitência Social e Direitos Humanos lançou hoje (19) mais um serviço, o Disk Racismo. De acordo com a secretária, Benedita da Silva, o atendimento também tem o objetivo de ajudar na formalização das denúncias, que serão recebidas com total sigilo no sistema.



“Por meio da nossa ouvidoria detectamos muitas denúncias de discriminação. O governo do estado resolveu, portanto, criar o serviço para promover a igualdade racial”, afirmou a secretária destacando que já existe serviço semelhante para colher relatos de violência contra idosos, crianças e mulheres.



Segundo Benedita, os dados também darão subsídios a novas políticas públicas.



O número do Disk Preconceito da Alerj é 0800 282 08 02. O Disk Racismo da Secretaria de Assistência Social é (21) 2334-5591.