Acaba a greve dos operários da construção civil da Bahia
Depois de 14 dias a greve, os operários da construção civil da Bahia voltaram ao trabalho nesta quinta-feira (26/3). O retorno aos canteiros de obras foi decidido em assembléia no início da noite de ontem, quando mais de cinco mil trabalhadores aceitaram
Publicado 26/03/2009 17:53 | Editado 04/03/2020 16:20
O acordo garantiu um reajuste de 8%, retroativo a janeiro de 2009, e 9% a partir de setembro. Foram aprovados pisos salariais de R$ 486,38 para ajudante comum e de R$ 516,38 para ajudante prático. Para operários qualificados, o piso será de R$ 816,68, a partir de janeiro, e de R$ 830, a partir de setembro.
Os trabalhadores garantiram também aumento de 50% para a cesta básica, que era R$ 30,00 e passa a valer agora R$ 45,00. Além disso, ampliou a abrangência deste benefício. Antes, só recebiam a cesta, os operários de canteiros que tivessem a partir de 180 trabalhadores. Agora, o benefício atinge os canteiros que têm a partir de 165 trabalhadores.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e da Madeira (Sintracom), Raimundo Brito, a greve foi vitoriosa: “A vitória é dos trabalhadores. Foi uma greve dura, mas avançamos nas conquistas”. O mês de março, que vence no início de abril, será pago integralmente aos operários. Os patrões assumem o pagamento de 40% dos dias não trabalhados os 60% restantes deverão ser compensados em cima das diferenças oriundas do reajuste salarial.
A construção civil emprega mais de 100 mil trabalhadores em todo a Bahia, sendo 40 mil em Salvador e Região Metropolitana.A greve começou no dia 12 de março e conseguiu paralisar mais de 90% dos canteiros de obras em Salvador, inclusive dos condomínios de luxo, como Le Park, Alphaville e Shopping Paralela. Atingiu também cidades como Feira de Santana, Juazeiro e Vitória da Conquista, no interior do estado.
De Salvador,
Eliane Costa