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Sergio Granja: as voltas da Justiça sobre Roseana Sarney

Na campanha presidencial de 2002, a candidata do então PFL (atual DEM), Roseana Sarney, teve de renunciar à disputa presidencial.  Isso aconteceu depois que, numa batida, a Polícia Federal apreendeu R$ 1,3 milhão na empresa Lunus.  Detalhe: J

O Senado tem uma Diretoria de Modernização Administrativa e Planejamento desde 2003. Quando foi criada essa diretoria, o então presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) nomeou a jornalista e advogada Elga Maria Teixeira Lopes como diretora.  Por coincidência, a indicada de Sarney participara da campanha de Roseana para o governo do Maranhão no ano anterior. Ainda há pouco, recém-nomeada por Sarney para chefiar a enorme máquina de comunicação do Senado, com 20 secretarias, Elga disse não saber por que foi preciso contratar a Fundação Getulio Vargas para propor projetos de modernização do Senado.


 


Ninguém foi condenado por causa disso nem o TSE ditou qualquer providência.  Talvez porque não fosse o caso.


 


Não faz muito tempo, a filha do presidente do Senado apareceu estampada em manchetes nada abonadoras.  Noticiou-se que a senadora usara passagens aéreas custeadas pelo Senado para trazer a Brasília grupos de parentes e amigos maranhenses.


 


Ninguém foi condenado por causa disso nem o TSE ditou qualquer providência.  Talvez porque não fosse o caso.


 


Pois, agora, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) ganhou no TSE o direito à investidura como governadora do Maranhão.  Boa de eleição mas ruim de votos, ela fora derrotada nas urnas pelo governador deposto Jackson Lago (PDT).


 


Talvez porque fosse o caso.  A Justiça tem razões que os cidadãos desconhecem.


 


Ah! sim.  Roseana anunciou que vai pedir auditoria nas contas de Lago.


 


* Sergio Granja é pesquisador da Fundação Lauro Campos.


 


Fonte: http://www.socialismo.org.br/portal/