Déficit em transações correntes retrata remessa de lucros e dividendos
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes, informou que o déficit de US$ 1,645 bilhão nas transações correntes do país em março retrata uma remessa muito forte de lucros e dividendos no período. O resultado negativo superou
Publicado 23/04/2009 12:55
No mesmo mês, a mesma instituição comprou e capitalizou uma seguradora no Brasil. Em março, o investimento estrangeiro direto (IED) no Brasil chegou a US$ 1,444 bilhão, contra a previsão do BC de US$ 2,5 bilhões. O resultado deve-se a retornos ao exterior de investimentos no Brasil com a venda do postos de combustíveis Texaco para a Ultra e de uma processadora de cartão de crédito.
Segundo Lopes, foram sangrias expressivas, que, de acordo com ele, não estavam previstos quando foi feita a projeção para o mês passado. De acordo com ele, os retornos de investimentos não indicam tendência de saída de investidores estrangeiro do país, uma vez que essas operações já vinham sendo negociadas. Além disso, destacou Lopes, são empreendimentos que não foram fechados no país, mas somente vendidos.
De janeiro a março deste ano, o IED chegou a US$ 5,342 bilhões, o menor resultado para o período desde 2006. Porém, suficiente para financiar o déficit em conta corrente, argumentou Lopes. No primeiro trimestre, o déficit em conta corrente chegou a US$ 5,020 bilhões. Neste mês, até o dia 22, o IED soma US$ 2 bilhões e a expectativa do BC é fechar abril em US$ 2,3 bilhões.
Com agências