Dispara o acesso a sites de jornais dos EUA, diz pesquisa
O número médio de visitantes únicos que acessaram páginas de jornais na internet dos Estados Unidos cresceu 10,5% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (23) pela empresa de consultas Nielsen Online. Apesar do
Publicado 23/04/2009 19:38
Encomendado pela Associação dos Jornais Americanos (NAA, na sigla em inglês), o estudo mostrou que as páginas eletrônicas dos jornais diários atraíram mais de 73,3 milhões de visitantes únicos na média mensal entre janeiro e março deste ano — contra os 66,4 milhões verificados no mesmo intervalo de 2008. O visitante único é contabilizado na primeira vez em que o internauta acessa uma página na rede mundial de computadores.
Os visitantes desses websites geraram no primeiro trimestre uma média mensal superior a 3,5 bilhões dos chamados page views, contabilizados todas as vezes em que uma página é acessada. O número apresentado revela uma alta de 12,8% sobre igual intervalo do exercício anterior. A marca de 3,5 bilhões de page views é a maior desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2004.
“Em um ambiente cada vez mais desafiador para a mídia, os consumidores sabem que podem recorrer aos jornais para análises mais críticas dos assuntos que impactam suas vidas no dia-a-dia”, afirmou em nota o presidente da NAA, John Sturm. O estudo cita uma pesquisa da Scarborough Research, que mostra que 28,2% das pessoas com renda familiar anual superior a US$ 100 mil visitaram algum site de jornal nos últimos sete dias.
Com as receitas das versões impressas em queda, o ambiente on-line assistiu altas significativas de faturamento nos últimos anos, especialmente nos períodos de maior pujança econômica. Ainda assim, com a chegada da crise o movimento de alta nas receitas desacelerou, parou e começou a cair. Os recentes lucros apresentados pela Gannett (empresa que edita o USA Today) e pelo New York Times mostraram sinais de melhora em um horizonte de curto prazo.
Entretanto, as fortes quedas nas vendas de anúncios impressos, puxadas pelo desempenho ruim dos classificados, vêm levando um bom número de veículos a fecharem suas portas ou ameaçarem fazê-lo. As falências também estão aumentando.
Em março último, a Hearst Corp. decidiu encerrar a versão impressa do Seattle Post-Intelligencer, permanecendo apenas a página eletrônica, com equipe editorial reduzida. Um mês antes, alertou que poderia fechar o diário San Francisco Chronicle caso não conseguisse cortar drasticamente seus custos operacionais.
Ainda em fevereiro, a E.W. Scripps & Co. encerrou o Rocky Mountain News Denver, enquanto a Philadelphia Newspapers LLC e o jornal Register arquivaram pedidos de recuperação judicial. Em dezembro do ano passado, a Tribune Co., que edita o Los Angeles Times, o Baltimore Sum e outros grandes jornais, também pediu proteção contra credores. Um mês mais tarde, a empresa que edita o Minneapolis Star-Tribune seguiu pelo mesmo caminho.
Da Redação, com informações do Valor Online