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Investimento produtivo cai, especulativo sobe

O investimento estrangeiro direto (IED) no Brasil caiu 39% no primeiro trimestre do ano ante o mesmo período de 2008, de acordo com relatório do Banco Central (BC). Os números da conta de capital mostram que, ao mesmo tempo em que o apetite das empresa

Numa analogia com as taxas de colesterol de um indivíduo, os números do BC mostram a queda do colesterol bom, o investimento produtivo; aumento no ruim, o capital especulativo. O fluxo de entradas menos saídas de dólares decorrentes de operações na Bolsa de Valores ficou em US$ 844 milhões em março, primeiro saldo positivo desde maio de 2008.


 


Nos últimos nove meses, entre junho e fevereiro, a bolsa brasileira perdera cerca de US$ 17 bilhões de investidores estrangeiros. Já os títulos de renda fixa, com a taxa de juros mais alta do mundo, voltaram a atrair capitais especulativos. Entre papéis de curto e longo prazo negociados no país, o saldo líquido chegou a US$ 708 milhões em março.


 


“É possível começar a observar o ingresso de dólares para outros ativos”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, referindo-se aos investimentos em ações e títulos, enquanto mingua o ingresso de IED. No acumulado do ano, entretanto, o fluxo de dólares aplicados nesses papéis continua negativo: US$ 3,5 bilhões, enquanto o IED somou US$ 5,3 bilhões, 39% a menos do que os US$ 8,8 bilhões nos três primeiros meses de 2008.


 


As informações são do Monitor Mercantil