Relator não pede indiciamento de Daniel Dantas
O relator da CPI do Grampo, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), resolveu não pedir no seu relatório final o indiciamento do banqueiro Daniel Dantas pela contratação da empresa Kroll que investigou ilegalmente seus concorrentes. No documento lido na ses
Publicado 23/04/2009 15:16
Pela mesma razão, Pellegrino não pediu o indiciamento de outras pessoas investigadas, como a empresária Carla Cicco, da Telecom Itália. Ele apenas pediu ao Ministério Público o aprofundamento das investigações sobre um rol de pessoas já indicadas nas operações Chacal e Satiagraha.
O deputado afirmou que foi analisada a denúncia de falso testemunho dos delegados da Polícia Federal Protógenes Queiroz e Paulo Lacerda. Ele afirmou que Protógenes, como acusado, não poderia dar elementos que o incriminassem. Paulo Lacerda, afirmou, enviou documento esclarecendo suas declarações e, assim, ocorre a exclusão de punibilidade.
Indiciamentos
O relator pede o indiciamento das seguintes pessoas: do sargento da Aeronáutica Idalberto Martins de Araújo, em cuja residência foram encontrados dados sigilosos de investigação policial (esse pedido não constava do relatório anterior); da delegada de polícia Eneida Orbage de Brito Taguary, acusada de ter ordenado a escuta ambiental ilegal para investigação de uma denúncia da ex-secretária da Comissão Organizadora de Exames da Seção do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Janaína Faustino; do detetive particular Eloy de Ferreira Lacerda, acusado pela Polícia Federal de comandar uma quadrilha especializada em espionagem; do investigador Augusto Peña, investigado por suspeita de utilizar grampos telefônicos clandestinos na tentativa de extorsão envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Foram retirados do relatório os pedidos de indiciamento dos policiais Durval Barbosa, Edson Alves Crispim e Horário Ferreira, acusados de fazer escuta ilegal da procuradora-geral do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Cláudia Fernanda de Oliveira Pereira.
Como houve pedido de vista do relatório, a votação sobre o mesmo deverá ser feita na próxima terça ((28).
De Brasília com informações da Agência Câmara