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Senado lembra centenário de Dom Helder: santo ou comunista?

O Senado se prepara para reverenciar, na próxima quarta-feira (29), a memória de Dom Helder Camara pelo centenário de seu nascimento. A homenagem acontece no Plenário do Senado, a partir das 14 horas,  e foi aprovada por requerimento de iniciativa

A programação do centenário de nascimento de Dom Helder incluirá também a exposição: “Dom Helder Camara: Memória e Profecia no seu Centenário”, que será aberta após a Sessão Plenária no Salão Branco do Senado Federal; e a pré-estréia do documentário: “Dom Helder Camara: O Santo Rebelde”, de Erika Bauer, às 19 horas, no auditório Petrônio Portella.



Helder Pessoa Câmara nasceu em Fortaleza, no Ceará, formou-se em Filosofia e Teologia, e celebrou sua primeira missa aos 22 anos de idade. Em seguida, foi nomeado diretor do Departamento de Educação do Estado do Ceará, cargo que exerceu por cinco anos. Foi eleito bispo auxiliar do Rio de Janeiro pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) no dia 20 de abril de 1952. Aos 55 anos, dom Hélder Câmara foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife.



Foi uma das lideranças da luta contra o autoritarismo e contra os abusos aos direitos humanos praticados durante a ditadura (1964-1985), estabelecendo uma clara resistência ao regime militar, sendo perseguido por sua atuação social e política e chegando a ser acusado de comunista.



Morreu aos 90 anos, em 27 de agosto de 1999, devido a uma parada cardiorrespiratória. Um dos idealizadores e fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entidade da qual foi secretário-geral por 12 anos, dom Helder Câmara foi, entre outras funções, arcebispo de Olinda e Recife. Durante 20 anos no cargo, período que coincidiu com o regime militar no país, o religioso foi reconhecido por suas ações em defesa dos direitos humanos.