Manifestantes pedem mudanças na política de segurança do Rio
Cerca de 60 pessoas, entre amigos e parentes de vítimas de violência, fizeram uma vigília na madrugada do dia 25, no Leblon, zona sul, em um cruzamento próximo à casa do governador do estado, Sérgio Cabral.
Publicado 27/04/2009 20:09 | Editado 04/03/2020 17:04
A idéia era chamar atenção para o número de pessoas mortas em decorrência da violência no estado, inclusive vítimas de policiais.
O grupo foi impedido de se aproximar da casa do governador, que não estava em sua residência. Policiais que faziam o patrulhamento da área impediram o avanço da manifestação.
Mesmo assim, 60 bonecos de quase 2 metros de altura, simbolizando pessoas mortas, foram espalhados no local. Também foram estendidas faixas com críticas à política de segurança do Rio.
Por meio de panfletos, eles reivindicaram o afastamento imediato do secretário de Segurança José Mariano Beltrame, e cobraram atuação mais efetiva contra os crimes praticados por agentes do estado.
“Essa política de enfrentamento do governador e do secretário não está dando certo. Mata as pessoas e faz com que a violência aumente cada vez mais”, disse Patrícia Oliveira, da Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência, organizadora da vigília.
“Queremos [no lugar de Beltrame] uma pessoa mais técnica, que utilize a inteligência policial para reduzir o número de mortos. Da Polícia Militar, queremos investigação dos crimes [praticados por PMs] e pulso forte do comandante geral [Gilson Pitta Lopes] contra as milícias”, completou.
A manifestação começou na madruga e se estendeu até o início da manhã. O evento contou com a participação de parentes de vítimas de violência de todo o estado.