Bahia mantém bons índices de geração de emprego
A Bahia, de maneira geral, mantém uma taxa de desemprego em média 10% inferior na comparação com o ano passado. “Em pleno processo de crise, estamos com a taxa baixa”, destaca o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – Setre, Nilton Vasconcelos.
Publicado 06/05/2009 18:07 | Editado 04/03/2020 16:20
Somente neste primeiro trimestre de 2009, a Bahia gerou 4.002 mil novos postos de trabalho e, até o mês de março, o estado era o único do nordeste com saldo positivo no setor. “Em termos absolutos, é um saldo menor que o obtido um ano antes, relativo ao mesmo período, só que fechamos 2008 com um grande incremento no emprego”, lembra Vasconcelos. “No Brasil, inclusive, o indicador ainda é negativo por conta dos 150 mil empregos a menos no mês de janeiro”, pontuou.
Mesmo na Região Metropolitana de Salvador, o índice de março, que é historicamente marcado por aumento nas taxas de desemprego, apresentou o menor registro referente ao mês desde o início da série histórica da pesquisa, em 1996. Os dados da última PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) encomendada pelo Dieese e Fundação Seade em seis regiões metropolitanas, apontam uma pequena diminuição de 0,6% no nível de ocupação da Região Metropolitana de Salvador, resultando em nove mil trabalhadores a menos que em fevereiro.
Entretanto, comparando-se com o mesmo período do ano passado, a taxa representa um recuo de 4,3 pontos percentuais na escala de desemprego. “A queda nos índices é decorrência do crescimento do estado no período anterior à crise; fruto da combinação entre investimentos federais e a política de articulação do governo Wagner de atração desses recursos”, avalia o secretário.
De fato, investimentos adotados a nível federal resvalaram positivamente na economia baiana, como a redução de IPI na indústria automotiva, que beneficiou a fábrica da Ford instalada em Camaçari. Em esfera local, a redução e a renegociação de tributos em áreas diversas, como o setor petroquímico e a metalurgia básica, assim como em segmentos menores, como alimentos e informática, também tiveram impactos positivos na economia.
Na última semana, a inauguração de quatro unidades das Casas Bahia, em Salvador, aqueceu o mercado do varejo. Outros projetos de grande porte estão a caminho, a exemplo da construção do Pólo Náutico em Maragojipe, da Ferrovia Leste-Oeste (o edital sairá ainda este mês), do Porto Sul e do aeroporto de Ilhéus. “Mesmo ainda em fase de desenvolvimento, o anúncio desses novos investimentos gera toda uma expectativa em torno deles e, obrigatoriamente, proporciona uma movimentação econômica”, explica Nilton Vasconcelos.
De Salvador,
Camila Jasmin