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Deputado vai ao STF e continua pouco se lixando para a mídia

Ao ser substituído nesta quarta (13) do cargo de relator do caso Edmar Moreira (Sem partido – MG) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, Sérgio Moraes (PTB-RS) persistiu no ataque à imprensa: ''Não vou recuar pois isso seria

O deputado gaúcho ficou conhecido após criticar a imprensa e afirmar que está “se lixando para a opinião pública”. Ele antecipou seu parecer e inocentou Edmar Moreira,  dono do castelo avaliado em R$ 25 milhões, que é acusado de usar indevidamente a verba indenizatória do seu gabinete. Moreira teria contratado suas próprias empresas de segurança com o dinheiro da verba.


 


Como foi destituído do cargo pelo presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PR-BA) e não por votação, Moraes saiu do plenário com a disposição de ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do colegiado. Segundo ele, não há como provar que o ato do presidente do Conselho foi legal.


 


José Carlos Araújo, que ainda tentou convencer Moraes a renunciar, disse que o deputado tem todo o direito de recorrer e assegura que sua decisão está respaldada no código de ética do Conselho, ou seja, é prerrogativa dele a destituição do relator.


 


A assessoria do Conselho explica que o presidente não destituiu apenas um relator, mas uma comissão formada pelos deputados Hugo Leal (PSC-RJ), Ruy Pauletti (PSDB-RS) e Sérgio Mores, o último o porta-voz do grupo. A comissão também não foi eleita pelo colegiado.


 


Jornalistas exigem retratação


 


Por meio de nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e a Associação Riograndense de Imprensa exigiram uma retratação imediata de Sérgio Moraes por classificar o trabalho dos jornalistas de “pouca vergonha” e insinuar que muitos profissionais mentem em suas reportagens. Caso ele não se retrate, o sindicato desafia o deputado a apontar quais são os profissionais mentirosos.


 


“As entidades consideram que a Câmara dos Deputados terá de responsabilizar o deputado por seus atos, sendo prioritária a sua saída da relatoria do processo de cassação do deputado Edmar Moreira e conseqüentemente do Conselho de Ética da Câmara. Por ser uma profissão de caráter social, os jornalistas brasileiros têm obrigação de mostrar a toda população o trabalho de seus representantes, mesmo que estes tenham atitudes como a do parlamentar, que faz questão de dizer que se lixa para a opinião pública'', conclui a nota.


 


De Brasília,


Iram Alfaia