Manaquiri e Careiro da Várzea terão indústria de fécula de mandióca

A Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) assinou hoje (19), no auditório da Suframa, a  Ordem de Serviço para a construção da primeira fecularia de mandioca do Amazonas. A indústria será ergui

Para a presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Amazonas (Fettagri), Izete Rabelo, a fecularia é um sonho dos agricultores que teve início há três anos. “Hoje, o sonho se concretiza, pois esta agroindústria vai beneficiar economicamente os produtores rurais com a geração de emprego e renda nos municípios do Careiro Castanho e do Manaquiri. Por isso, agradecemos ao Governo do Estado do Amazonas e a Sepror pela iniciativa de movimentar nossa economia”, complementa.


 


 


A fécula de mandioca (tapióca desidratada) é utilizada na elaboração de colagem de equipamentos eletroeletrônicos fabricados nas empresas do Distrito Industrial. O convênio, no valor de R$ 1,7 milhão, é fruto de parceria com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Segundo o Superintendente Adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional da Suframa, Elilde Menezes, “a autarquia estará sempre à disposição para fortalecer o desenvolvimento da interiorização dos municípios do Amazonas, ainda mais com a Bancada Federal atuando conosco”, salientou.


 


 


O consumo mensal do produto em Manaus é de 94 mil toneladas. A maior parte dele – 82 mil toneladas – é consumida pelo Pólo Industrial de Manaus (PIM), que fabrica a cola para os equipamentos eletroeletrônicos e caixaria para embalar os produtos. As 12 mil toneladas restantes são consumidas por empresas de panificação. Atualmente, a produção de fécula é insuficiente para abastecer o mercado local. “A nossa produção é quase zero”, diz o titular da Sepror, deputado Eron Bezerra. A tapióca usada pelas empresas do PIM é em grande parte trazida do Paraná.  Paga-se R$ 1 por cada quilo comprado.


 


 


“Se fizermos um cálculo simples, veremos que o Amazonas envia, todo ano, R$ 96 milhões para fora do Estado para comprar fécula de mandioca. Com a implantação da fecularia, nós podemos zerar esse déficit em dois anos”, afirma o secretário. Ele diz que solos amazônicos são aptos à plantação dessa matéria-prima. “É inadmissível que o Amazonas precise importar fécula de outros estados”, afirma Bezerra.


 


 


O projeto da fecularia inclui aquisição de maquinário completo para seu funcionamento, como lavador de raízes, cevadeira, peneiras rotativas, centrífugas, caldeira, secador de amido e ensacadeira, além de equipamentos para laboratório e a realização das obras civis (edificação e instalações). Parte do recurso também se destina à capacitação dos produtores que irão trabalhar diretamente na agroindústria.


 


 


Sepror AM


 


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