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Irã repudia teste norte-coreano e defende desarmamento

O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, repudiou nesta segunda-feira o teste nuclear realizado pela República Popular Democrática da Coreia, assegurando que o seu país se opõe “às armas nucleares e apoia os esforços internacionais para o desarmamento

“Nos opomos à produção, acumulação e proliferação de armas de destruição em massa”, declarou Ahmadinejad, que declarou em uma entrevista coletiva que elas vão contra a humanidade e que o mundo deve eliminá-las.



O presidente iraniano descartou, por outro lado, reiniciar as negociações sobre seu programa nuclear com o grupo das cinco potências com poder de veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), além da Alemanha, e assegurou que, a partir de agora, o diálogo será somente realizado com organizações pertinentes, como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).



As potências ainda estão à espera da resposta iraniana à proposta que foi feita por elas em 8 de abril passado, de celebrar uma reunião entre as seis partes e Teerã, mas Ahmadinejad, que está em campanha para obter sua reeleição nas eleições de 12 de junho, ressaltou que “o tema nuclear está fechado para nós”.



Em troca, propôs ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizar um debate na sede das Nações Unidas, “para falar da raiz dos problemas e da direção que conduz o mundo; isto se conseguir ser reeleito em junho, embora tenha deixado claro que não aceitará pressões sobre o tema nuclear. “Nossas conversações com as grandes potências só se darão para tratar questões globais”, sublinhou.



Por outro lado, um documento da chancelaria de Israel, plantado na mídia, destaca suspeitas de que a Venezuela e a Bolívia contribuem com o programa iraniano no fornecimento de urânio.



“O presidente venezuelano, Hugo Chávez, é quem contribuiu à aproximação entre Irã e Bolívia. Parece que La Paz é, das mesma forma, um fornecedor de urânio para o programa nuclear iraniano” sugere o texto.