Sem reajuste, professores da Uergs podem paralisar
Sem perspectiva de reajuste salarial, os professores da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) podem parar as atividades. Nesta terça-feira (26) à tarde, os docentes tiveram uma reunião com o Gabinete de Assessoria Especial (GAE) do governo
Publicado 26/05/2009 21:37 | Editado 04/03/2020 17:11
Além de não propor nenhum índice de reajuste, o governo quer renovar o atual acordo coletivo que nem chegou a ser cumprido. Amarildo Cenci, diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro-RS), relata que caso o acordo seja renovado o déficit salarial, que hoje está em 8,4%, subiria para mais de 15%.
“Nós fizemos um acordo no ano passado que, se o governo atingisse o déficit zero, trataria conosco um calendário de pagamento de uma perda de 8,41% dos 8 anos anteriores. Toda a perda que os professores tiveram nesse tempo na Uergs, que soma 40%, seria quitada em 8,41% parcelado. Agora, atingido o déficit zero, o governo se nega a pagar”, reclama.
A terça-feira foi de mobilização nas unidades da Uergs pelo estado. Professores fizeram vigília e discutiram com os estudantes a situação precária da instituição. Um dos principais problemas enfrentados é justamente a falta de professores. Segundo o sindicato, seria necessária a contratação de mais 73 docentes; atualmente, a Uergs possui 127 para todo o estado.
No próximo dia 05 de Junho, os professores voltam a negociar com o governo. No dia 06, realizam uma assembléia para avaliar a situação e planejar mobilizações, entre elas a paralisação. A Uergs é uma Fundação Pública de Direito Privado.
FONTE: Agência Chasque