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Governo tenta reverter golpe da oposição na CPI das ONGs

A manobra da oposição no Senado para comandar a CPI das ONGs, que resultou na troca de Inácio Arruda (PCdoB-CE) por Artur Virgílho (PSDB-AM) na relatoria, pode não surtir efeito prático. A liderança governista trabalha para reverter a situação, mas cas

Nesta quinta (28), conduzido por uma manobra do presidente da CPI, Heráclito Fortes (DEM-PI), o tucano Artur Virgílio assumiu o cargo de relator prometendo investigar os mesmos fatos a serem analisados pela CPI da Petrobras.


 


Por ofício e sem reunir o colegiado, Heráclito Fortes aproveitou a indicação de Inácio Arruda pelo bloco dos partidos governistas (PT, PSB, PCdoB, PR e PRB) como  titular da CPI da Petrobras para tirá-lo do cargo de relator. Ocorre que o senador comunista não saiu da CPI das ONGs, permaneceu como suplente. Porém, com base no regimento, Héraclito argumenta que suplente não pode assumir cargo de relator.


 


Diante da manobra, o bloco reconduziu Inácio para a condição de titular na CPI das ONGs e suplente na Petrobras, mesmo assim os senadores da oposição usaram como tática ignora essa situação.


 


Inácio protesta


 


Inácio Arruda classificou a manobra de brincadeira e sem pertinência pelo grau de seriedade com que vinha conduzido os trabalhos na relatoria. Segundo ele, centenas de pessoas já estavam convocadas e mais de 200 requerimentos examinados na CPI.


 


“Eu não assisti até hoje a nenhum relator no Senado ser destituído por nenhuma presidência de comissão. Nenhum. Então, ou é uma ansiedade ou uma brincadeira, de outro modo não poderá ser entendido”, disse o senador.


 


Inácio diz que a única situação que tomou conhecimento foi a que aconteceu recentemente no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados quando o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) foi destituído da relatoria do caso do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG), o dono do castelo avaliado em R$ 25 milhões.


 


“Mas isso foi diante de uma atitude inusitada cometida pelo relator, que suscitou uma interpelação de toda a comissão”, disse o senador.


 


De Brasília,


Iram Alfaia