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Grupo de Trabalho da OEA analisa reingresso de Cuba

A Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiu estabelecer um grupo de trabalho que deverá analisar três propostas sobre um eventual retorno de Cuba à instituição. Durante uma reunião do Conselho Permanente da OEA, realizada em Washington, delegaçõ

Os textos pedem o levantamento da expulsão do país, ocorrida em 1962, pouco depois do então governo cubano ter se declarado comunista. 

No caso do projeto dos Estados Unidos, o país afirma que está pronto para “apoiar” o retorno de Cuba ao sistema interamericano, desde que o governo de Raúl Castro cumpra os requisitos da Carta Democrática da OEA, entre eles a realização de “eleições livres”.

O grupo de trabalho iniciará suas atividades amanhã e apresentará suas conclusões na assembleia geral da OEA, que ocorrerá no próximo dia 2, na cidade hondurenha de San Pedro Sula, e terá a participação dos chanceleres do continente.

A resolução apresentada por Honduras propõe “a revogação” da resolução que levou à expulsão de Cuba e já havia sido discutida durante a 8ª Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Republicas Americanas, na cidade uruguaia de Punta del Este.

O texto estabelece também “futuras relações” entre Cuba e a OEA, que “dependerão da vontade do governo cubano e dos órgãos competentes” da organização.

O embaixador da Nicarágua na entidade, Denis Moncada, reconheceu que Cuba não pediu seu retorno à organização, mas afirmou que vários países da região pedem o levantamento da expulsão de Havana. O próprio Fidel Castro, ex-presidente da ilha, já reiterou que o seu país não tem interesse em regressae à OEA, entidade à qual faz duras críticas.

Moncada advertiu que, de todas as maneiras, seu país considera que a OEA “não pode e nem deve continuar com um papel de interferência” sobre as nações latino-americanas, o que foi considerado como uma resposta aos Estados Unidos.

Pouco depois de ter assumido a presidência norte-americana, Barack Obama, declarou estar disposto a se reaproximar de Cuba, mas seu governo insiste que esse país deve, em troca, emitir sinais de interesse, como libertar dirigentes opositores presos.

Com Ansa