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Especialista descarta raio como causa de queda de avião

Um dos mais experientes ex-pilotos da companhia aérea Alitalia, Sandro Raccanelli considera improvável que o Airbus A330 da Air France, que desapareceu nesta madrugada, tenha caído por conta de um raio.

“Na história da aviação nunca houve um raio tão forte capaz de destruir um avião como o que desapareceu entre o Rio de Janeiro e Paris”, ressaltou Raccanelli, especialista em rotas sul-americanas.



Em entrevista à agência de notícias italiana ANSA, o ex-piloto afirmou que “são mais prováveis as hipóteses de uma ruptura estrutural ou de uma bomba”.



Raccanelli explicou também que avisar por rádio que o avião enfrenta turbulências faz parte da rotina dos pilotos. “Fazemos isso antes de tudo para informar os outros aviões que passam pela mesma área”.



No trajeto entre Rio de Janeiro e Paris, há uma área propícia para fortes turbulências, “mas é difícil que isso possa levar a uma ruptura estrutural imprevista, sobretudo em um avião como o Airbus A330”, destacou.



“O que é estranho é que os pilotos não tiveram nem mesmo o tempo de transmitir um 'mayday'”, ressaltou Raccanelli, acrescentando que “não descartaria a hipótese de uma bomba”.



O avião, que partiu da capital carioca às 19h, desapareceu dos radares durante a madrugada, quando sobrevoava o Oceano Atlântico. A Air France informou que 228 pessoas estavam a bordo, dos quais 80 eram brasileiros.