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Em Cuba, Lugo defende união e solidariedade entre latinos

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que chegou ontem à noite a Cuba para uma visita oficial de dois dias, afirmou que a ilha é “o berço da solidariedade na América e um exemplo para muitos latino-americanos”. Em sua primeira viagem ao país desde a

“Acreditamos que, mais que nunca, precisamos de uma América Latina unida e solidária”, disse Lugo, que foi recebido pelo chanceler cubano, Bruno Rodríguez. Segundo o presidente, sua visita ao país servirá para “aprofundar os laços de solidariedade e amizade” que unem os dois países.

Nesta quarta-feira, o mandatário vai se reunir com seu homólogo cubano, Raúl Castro, e também deve encontrar um grupo de cerca de 800 estudantes paraguaios que residem em Cuba e cursam a Escola Latino-Americana de Medicina, informou a agência Prensa Latina. Apesar de não estra na agenda, ele também deve ter encontro com o ex-presidente Fidel Castro.

Lugo viajou para Cuba acompanhado pelos ministros de Relações Exteriores, Héctor Lacognata, da Saúde, Esperanza Martinez, e de Comunicação, Augusto Dos Santos.

O presidente do Paraguai é o 10º mandatário latino-americano que visitou Cuba neste ano, em que é celebrado o aniversário de 50 anos da Revolução Cubana. Os presidentes de Argentina, Chile, Guatemala, Panamá, Equador, República Dominicana, Honduras, Venezuela e Nicarágua também visitaram a ilha caribenha.

Cuba e Paraguai restabeleceram em 1999 as relações diplomáticas, que permaneciam suspensas desde 1960, e atualmente mantêm uma importante parceria nos campos da saúde e educação.

Conspiração

O promotor paraguaio Eduardo Cazenave, que investiga uma suposta conspiração contra o presidente paraguaio, Fernando Lugo, pediu hoje que o caso seja arquivado por falta de provas do crime. A acusação foi feita pelo próprio mandatário, no ano passado. Lugo denunciou uma reunião entre o ex-presidente Nicanor Duarte Frutos, o general Lino Oviedo, o senador Enrique González Quintana, o ministro Juan Manuel Morales e outros oficiais, que tentariam desestabilizar seu governo.

Cazenave afirma que a reunião de fato aconteceu, mas não há provas de que seu objetivo tenha sido o de preparar um ato contra o governo paraguaio. Lugo fez a denúncia após ser informado do episódio pelo então comandante das Forças Armadas, Bernardino Soto Estigarribia.

Estigarriba, por sua vez, soube da reunião pelo militar Máximo Díaz, que foi convidado e participou do encontro com as outras autoridades. No pedido de arquivamento do caso, o promotor alega que nem mesmo Díaz podia dizer com certeza que se tratava de uma reunião para desestabilizar o governo.

O encontro aconteceu na casa de Oviedo, em 31 de agosto de 2008, a poucos dias da posse de Lugo como presidente. O governo denucniou, em 2 de setembro daquele ano, que se tratava de uma tentativa de conspiração.

Agora, o pedido de Cazenave deverá ser analisado por um juiz, que será definido por sorteio. Se a decisão judicial não atender à solicitação do promotor, a investigação então será revista pelo Ministério Público.

O procurador-geral da República – que exerce a chefia do Ministério Público – é Rubén Cándia Amarilla, que também estava na reunião.

Com agências