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Inácio Arruda sai de comissão da Petrobras e volta à CPI das ONGs

Pivô do principal entrave para a instalação definitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) disse nesta quarta-feira (3) que abriu mão da titularidade na comissão que investigará a estata

Arruda defendeu a decisão dos partidos da base de apoio ao governo de impedirem a instalação da CPI da Petrobras em troca da devolução da relatoria da CPI das ONGs à base aliada. “A minha expectativa é de que a oposição não vá até às últimas consequências de que se deve quebrar os acordos”.



Na avaliação do senador cearense, as duas comissões não deveriam ter sido “misturadas”. “O problema da CPI da Petrobras tem que ser solucionado pela base, que deve examinar se fará ou não acordo com a oposição”, argumentou Inácio Arruda. “Lá [na CPI das ONGs] tínhamos um acordo onde o presidente é da oposição, mesmo sem ter condições numéricas para isso. Portanto, a CPI das ONGs não tem nada a ver com isso”, acrescentou.



De acordo com Inácio Arruda, se não houver um entendimento quanto à questão o Senado viverá um clima de guerra. “Isso [o impasse] força a base do governo, se quiser que os trabalhos continuem no Congresso Nacional, a estar todo o dia, a partir das 16h, com maioria absoluta dentro do plenário, o que normalmente não ocorre”, argumentou o senador, apontando uma estratégia dos governistas para enfrentar a obstrução da oposição.



“Esse recurso da oposição pode levar as sessões até a madrugada sempre e teremos que manter o número. Teremos um verdadeiro clima de guerra”, concluiu Inácio Arruda.



A base aliada do governo no Senado adiou para a próxima quarta-feira, dia 10 de junho, a instalação da CPI da Petrobras. O senador Paulo Duque (PMDB-RJ), presidente temporário da comissão, havia convocado reunião para amanhã (4) com o objetivo de dar início aos trabalhos da comissão. Os governistas, porém, querem mais tempo para negociar os nomes dos parlamentares que vão ocupar a presidência e a relatoria da CPI.



Os líderes de oposição, ACM Júnio (DEM-BA) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) aceitaram a proposta. “Vamos ser sinceros, amanhã não iria ter quorum, então vamos parar como oba oba. Entendemos que o acordo é para instalar a CPI na próxima quarta, sendo assim aceitamos o acordo”, disse Virgílio.


 


Da redação,
com agências