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Centro do Rio é tomado pelo Viradão Carioca

Mais uma noite de muita música no Centro do Rio de Janeiro, mais exatamente no palco O Rio de Janeiro, fevereiro e março, na Praça 15. Neste sábado (6) foi a vez de Marcelo Camelo, Mart´nália, Edu Krieger, Marcelo Maranhão e a banda Bangalafumenga part

Mesmo com a ameaça de chuva, o público compareceu em bom número, cerca de cinco mil pessoas. Havia jovens, idosos, casais de namorados e até famílias inteiras. A maioria disposta a ver o dia amanhecer, curtir até a última música. Nem os longos intervalos entre as atrações, de 30 a 40 minutos em média, desanimaram a platéia. A cada artista que entrava no palco, bastava um acorde de uma guitarra ou o rufar de um atabaque para a vibração voltar.



As amigas Juliana Estevo, 18 anos, estudante, e Tatiane Mendendes, 18, estudante, são fãs de Marcelo Camelo, um dos cantores da noite. Elas aprovaram o show do ídolo, mas ficaram desapontadas por não terem conseguido falar com ele. “Incentivar a cultura é sempre bom. Ainda mais em um show gratuito como esse. Adoramos a apresentação do Marcelo Camelo. Viemos aqui para vê-lo”, disse Juliana.



Por volta das 22h já era grande a presença de admiradores do cantor. Vibrantes, a cada canção eles gritavam, aplaudiam e cantavam a plenos pulmões para satisfação de Marcelo. “Na minha opinião, este dia não tem que ser uma exceção, pois esses eventos mostram a força da cultura. É uma forma de ocupar as ruas da cidade. A população volta a freqüentar lugares que não iria à noite. Quando é de graça, a pessoa que vem quer se divertir, fica legal”, afirmou o cantor, que participou este ano do Viradão de São Paulo e gostou da experiência. “Foi incrível. Meu show não é muito montado para esse tipo de ocasião, mas as pessoas gostaram.”



Ao longo da apresentação, Marcelo atendeu a pedidos de músicas de Raul Seixas e apresentou o repertório do seu trabalho atual, Sou. Entre as mais cantadas, Menina Bordada, Morena e Santa Chuva. A aprovação pôde ser comprovada na parte final da apresentação, quando a platéia pediu “bis”.



Mart´nália manteve a temperatura quente. De calça jeans e blusa branca, a cantora misturou samba e pop para felicidade dos presentes que acompanharam a “virada” de meia-noite. Sucessos como Ela é Minha Cara, Pra Mart´nália e Tava Por Aí, além de algumas canções de Vinícius de Morais, Ana Carolina e de Martinho da Vila, pai da cantora, fizeram a alegria dos fãs.



“Viemos aqui mais pra ver a Mart´nália, mas vamos assistir aos outros shows também. A idéia de promover apresentações gratuitas é excelente. Estão usado o dinheiro do povo para o povo. Só acho que deveria ter mais segurança por aqui, pois há muitos bêbados por aí”, opinou a assistente social Viviane Santos, que estava acompanha da amiga Renata Jardim.



Inquieta no palco, Mart´nália sambava, tocava pandeiro, tamborim, pratos e outros instrumentos. Suas irmãs (Analimar e Dandara) fazem parte da banda, nos vocais. E a sobrinha Dandarinha, filha de Dandara, dança em algumas participações especiais. “Olha esses olhares para a minha sobrinha! Vira para o lado…”, brincou Mart´nália com alguns rapazes que acompanhavam a dança de Dandarinha.



Antes de encerrar, a sambista deu um “selinho” em cada um dos rapazes da banda e foi beijada na bochecha por Dandara e Dandarinha. Chega, de sua autoria, e Brasil Pandeiro, relembrando Os Novos Baianos, foram a despedida da cantora. “Essa festa boa tem que acontecer uma vez por mês, de preferência aqui no Rio, pra a gente se curtir mais. Eu estou em casa”, divertiu-se Mart´nália.



Edu Krieger, Marcelo Maranhão e a banda Bangalafumenga encerraram esta segunda noite de Viradão Carioca na Praça 15.