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Portugal: CDU aponta campanha contra eleição europeia

Comunistas e ecologistas contribuíram para mobilizar eleitorado, mas recusa de referendo afasta cidadãos, defende Francisco Lopes, dirigente do Partido Comunista Português (PCP).

A previsão de abstenção nestas eleições europeias é lida pela CDU como o “resultado do distanciamento com que tem sido conduzido todo o processo” da União Europeia, segundo Francisco Lopes, membro da Comissão Política do PCP.



Falando sobre as projeções divulgadas pelas emissoras de TV, Francisco Lopes voltou a responsabilizar “em particular o PS e PSD” pela fraca ida às urnas, defendendo que a CDU deu “um contributo muito claro de mobilização” do eleitorado.



A “recusa da realização do referendo ao Tratado de Lisboa”, disse o dirigente comunista, retomando uma tese defendida pela candidatura de Ilda Figueiredo durante a campanha, ajuda a explicar “os níveis de abstenção muito elevados, idênticos ao que tem sido” nas anteriores eleições europeias.



O Partido Social Democrata (PSD) é o vencedor das eleições para o Parlamento Europeu, realizadas neste domingo (7), em Portugal, de acordo com resultados prévios, divulgados pelas cadeias de televisão.



O Partido Socialista, do primeiro-ministro José Sócrates, surge, assim, como o principal derrotado, em eleições marcadas pela forte abstenção e pelo crescimento dos partidos da oposição de esquerda, principalmente o Partido Comunista e do Bloco de Esquerda.



As projeções dão uma vitória ao PSD, com 30,4 a 34,4 por cento dos votos, seguido do PS com 24,1 a 28,1 por cento dos votos.



Bloco de Esquerda e CDU ( PCP e Verdes) disputam o terceiro lugar, conseguindo entre 9,7 e 12,8 por cento dos votos. O CDS-PP aparece como quarto partido mais votado, conseguindo entre 6,7 e 9,3 por cento dos votos.