Ahmadinejad nega fraude e saúda 'vitória dos iranianos'
O presidente iraniano reeleito, Mahmoud Ahmadinejad, negou neste sábado (13) que tenha havido fraude nas eleições presidenciais. Em discurso na televisão estatal, Ahmadinejad qualificou as eleições de “justas” e felicitou os que trabalharam no processo po
Publicado 13/06/2009 19:56
A Comissão Eleitoral Iraniana divulgou a vitória no primeiro turno do atual presidente iraniano, que conseguiu 62,63% dos votos (24.527.516). Foi o dobro de votos do segundo colocado — o reformista ex-primeiro-ministro Mir Hossein Mousavi, que obteve 33,75% (13.216.411) da preferência dos eleitores. Já o conservador Mohsen Rezaei teve 1,73% e o clérigo reformista Mehdi Karrubi ficou com 0,85%.
A campanha do candidato reformista pediu ao Conselho de Guardiães do Irã que revise os “erros” ocorridos nas eleições presidenciais e anule seu resultado. Mas o líder supremo da Irã, o aiatolá Ali Khamenei, saiu em defesa da vitória de Ahmadinejad e pediu aos candidatos derrotados que aceitem os resultados das eleições.
Samareh Hachemi, chefe de campanha do presidente, qualificou de propaganda e ato de irresponsabilidade a decisão de Moussavi de reclamar também a vitória e afirmou que a derrota é o episódio final de três meses de irrealidade. Ahmadinejad “é o presidente de todos os iranianos”, disse.
“Os outros candidatos devem respeitar o desejo do povo, respeitar as regras democráticas e ajudar a criar uma atmosfera sã que elimine as tensões”, afirmou. “A diferença de milhões de votos demonstra quem são aqueles que têm mentido”, completou Hachemi.
Os dois candidatos chegaram a cantar vitória antes da apuração dos votos. A agência oficial Irna anunciou a vitória de Ahmadinejad, pouco depois de seu principal adversário ter reivindicado o triunfo no primeiro turno. Os resultados finais devem ser validados e ratificados pelo Conselho de Guardiães.
A votação começou às 8h (local) de sexta-feira. Segundo os primeiros dados divulgados pelo Ministério do Interior, a participação dos eleitores foi de 75%, quase um recorde. As filas adiaram o fechamento dos locais de votação em mais de quatro horas, para que todos os eleitores pudessem votar. O eleito toma posse em setembro.