EUA impulsionaram guerra entre Bolívia e Paraguai, diz Evo
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta sexta-feira (12), no Paraguai, que interesses dos Estados Unidos e da Inglaterra impulsionaram a Guerra do Chaco (1932-1935), entre La Paz e Assunção. Evo e seu colega paraguaio, Fernando Lugo, se reunir
Publicado 13/06/2009 13:30
Em seu discurso, o mandatário boliviano afirmou que empresas petrolíferas transnacionais dos Estados Unidos e da Inglaterra “enfrentaram os dois países irmãos, e deixaram vários mortos e feridos”. No entanto, para Evo essa “guerra injusta” despertou uma consciência nacionalista não apenas por parte de organizações sociais — mas também das Forças Armadas da Bolívia.
Ainda segundo o presidente, hoje essas transnacionais “já não enfrentam os países, mas impõem políticas que conduzem ao genocídio dos povos”. Evo defendeu também a integração da região do Chaco, situada na tríplice fronteira entre Paraguai, Bolívia e Argentina e palco das operações bélicas entre La Paz e Assunção.
Por sua vez, Lugo afirmou que a “América Latina hoje transita pelos caminhos da unidade e da dignidade” e que “já não existe hipótese de conflito entre Paraguai e Bolívia”. Ao recordar a data da assinatura da Paz do Chaco, 12 de junho, Lugo disse que o Paraguai e a Bolívia “caminham hoje para um futuro compartilhado”.
“Nada vai obstruir esse caminho novamente”, disse o presidente paraguaio. Na ocasião, Lugo e Evo protagonizaram vários atos simbólicos para reafirmar a amizade entre os dois países.
Da Redação, com informações da Ansa