Copa 2010: operários da África do Sul anunciam mais greves
Trabalhadores da África do Sul anunciaram que vão realizar greves em indústrias de papel, energia e químicas e disseram ser “altamente provável” que o movimento se estenda ao setor de mineração de ouro, decisão que aumenta a pressão sobre o presidente
Publicado 14/07/2009 17:14
Os trabalhadores do setor da construção na África do sul estão perto de um acordo com os empregadores para pôr fim a uma paralisação que suspendeu os trabalhos nos estádios da Copa do Mundo de 2010, mas as conversações continuam empacadas por causa dos esforços dos empregadores para impedir que eles tenham direito de iniciar novas greves.
A onda de paralisações no setor industrial representará um desafio para o presidente Zuma, que está enfrentando a primeira recessão do país em 17 anos.
Um sindicato sul-africano que representa trabalhadores nos setores de energia, papel e farmacêutico afirmou nesta terça-feira que será iniciada uma greve por aumento de salários, depois que as negociações com os empregadores fracassaram. A greve ameaça prejudicar o fornecimento de combustível e medicamentos.
Trabalhadores do setor de mineração de ouro, um dos mais importantes da África do Sul, rejeitaram a última proposta patronal, de reajuste salarial de 8% a 10%, e uma greve é “altamente provável”, informou o Sindicato Nacional dos Mineiros.
No setor da construção, os trabalhadores estão em greve desde quarta-feira, paralisando os trabalhos nos estádios da Copa do Mundo de 2010.
O Sindicado Nacional dos Mineiros, que também abrange os trabalhadores da construção, afirmou estar próximo de um acordo sobre a última proposta patronal de reajuste, de 11,5%, mas se opõe a esforços dos empregadores para impedir novos movimentos de paralisação.
A greve paralisou os trabalhos nos estádios da Copa e no projeto de trem de alta velocidade para a região no entorno de Johanesburgo.