Tarso rebate críticas e diz que PF atua dentro da lei

O ministro da Justiça Tarso Genro negou, ontem, que tenha qualquer tipo de interferência no trabalho das instituições sob seu comando ou participação em suposto vazamento de informações da Operação Rodin, conduzida pela Polícia Federal.

Apesar de contrariado com a acusação feita pela governadora Yeda Crusius, segundo informou uma fonte próxima, Tarso preferiu responder por nota oficial. No documento, ele afirma que as instituições ligadas à sua Pasta jamais intervêm em polêmicas políticas ou assumem posição de parte nos debates entre partidos ou personalidades políticas.
A nota assegura que a PF investiga fatos supostamente delituosos, não pessoas nem partidos, 'dentro do estrito cumprimento do seu dever constitucional e legal'.


 


No último item da nota, Tarso manda recado: 'o Ministério da Justiça, no Estado Democrático de Direito, continuará a cumprir o seu dever, em todos os estados do país, com a seriedade que suas atribuições determinam, sem qualquer preocupação com o vínculo ideológico ou partidário de seus governantes'.


 


O superintendente da Polícia Federal no RS, Ildo Gasparetto, respondeu em sintonia com o ministro, no limite da legalidade. Garantiu que a PF age sempre a partir de mandados do Ministério Público e do Poder Judiciário, em todas as instâncias. 'Nossa resposta será dada com o resultado do nosso trabalho', avisou. As manifestações de Tarso e Gasparetto ocorreram em resposta a declarações da governadora, ontem, de que há em curso uma tentativa de golpe contra o seu governo.


 


FONTE: Correio do Povo