Farc pede acordo nacional contra pacto militar Colômbia-EUA
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pediram, nesta terça-feira (29), que diversos setores colombianos “trabalhem por um grande acordo nacional” que busque a suspensão do convênio militar entre Bogotá e Washington.
Publicado 29/07/2009 13:17
“Convidamos a trabalharem por um grande acordo nacional de paz, a construir uma alternativa política que privilegie a paz, convoque ao diálogo, instrumente uma trégua bilateral e proceda a suspender imediatamente a presença de tropas americanas”, afirmou a guerrilha em comunicado.
As Farc formularam o convite em uma “carta aberta” ao movimento Colombianas e Colombianos pela Paz (CCP), liderado pela senadora opositora Piedad Córdoba, e a outras organizações civis.
As Farc divulgaram pela internet a carta, pouco após outro comunicado em que qualificou de “alta traição à pátria” o acordo entre Bogotá e Washington com o qual os americanos transfeririam à Colômbia as atividades que realizavam em uma base no Equador nos últimos dez anos.
Os guerrilheiros criticaram severamente a política de segurança do presidente Alvaro Uribe, e também suas decisões econômicas e sociais. As Farc sugerem que a razão de serem um grupo armado ilegal é a busca por um equilíbrio social em contraponto aos interesses econômicos capitalistas, por meio do uso de armas e em benefício do povo que dizem representar.
Campanha contra Correa
O tem (28), as Farc negaram que tenham dado dinheiro para a campanha eleitoral do atual presidente do Equador, Rafael Correa, em 2006 – e também afirmou nunca ter contribuído com dinheiro para campanhas eleitorais em qualquer um dos países vizinhos.
O grupo alegou que o vídeo divulgado pela Colômbia – no qual o número dois das Farc aparece lendo uma carta na qual contribuições financeiras à campanha de Correa são mencionadas – foi manipulado e falsificado por Bogotá e Washington. Correa também negou o ocorrido, acusando uma campanha para desestabilizar os governos progressistas da região
Com agências