Dois eventos no Rio nesta quinta destacam ação da Petrobras

Duas atividades no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (30), dão destaque às ações da Petrobras. O presidente Lula e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, comandam, no final da tarde, na sede da estatal, evento de assinatura de contrato de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para o Plano de Negócios da Petrobras. A partir da 18h30, o lançamento do documentário “O petróleo tem que ser nosso – Última Fronteira” reforça a campanha pela nacionalização do petróleo.

Petrobras - Arquivo Petrobras

O contrato de financiamento do banco para o Plano de Negócios da Petrobras no período 2009/2013 será de aproximadamente de R$25 bilhões. Na apresentação do Plano, a Petrobras anuncia o propósito de alcançar a posição de uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo e, para isso, pretende atuar, globalmente, no segmento de biocombustíveis, com participação relevante nos negócios de biodiesel e de etanol.

Segundo a empresa, a crise econômica não altera a perspectiva favorável de médio e longo prazo para o mercado do petróleo, destacando a sua "robusta" carteira de investimento, com ênfase nos novos projetos, principalmente no pré-sal. Esses novos projeto vão representar grande necessidade de recursos humanos, anuncia a empresa, adiantando que a demanda prevista na cadeia de fornecimento da Petrobras é de 112.625 empregados.

A empresa faz ainda um balanço do que foi alcançado a partir do último plano de negócios, com aumento de 7% da produção total, de 21% na produção de gás e de 56% de lucro líquido. A Petrobras hoje opera 23% da produção global em águas profundas.

Volta do monopólio

O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro e a Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), que defendem a volta do monopólio do petróleo, promovem o lançamento do documentário "O Petróleo Tem que Ser Nosso – Última Fronteira ". O ato ocorrerá no Cinema Odeon Petrobras, no centro da cidade. Também haverá o lançamento de uma cartilha com o mesmo nome.

O filme, com duração de uma hora, traz depoimentos de intelectuais, políticos e trabalhadores sobre os rumos do País após a descoberta dos campos de pré-sal. O filme foi custeado com recursos do Sindipetro e da Aepet.

O movimento favorável à volta do monopólio estatal está crescendo e conta com a simpatia do governo Lula. Em agosto, o governo deve enviar ao Congresso a proposta do novo marco regulatório do setor de petróleo, elaborado por uma comissão interministerial que apresenta um modelo de exploração para o País que, na prática, restabelece parte do monopólio quebrado pela política privatizante do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

De Brasília
Márcia Xavier