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Começa hoje encontro da Marcha Mundial das Mulheres nas Américas

A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) realiza seu segundo encontro regional das Américas entre os dias 10 e 12 de agosto, em Cochabamba, Bolívia. Mais de 60 mulheres participarão, entre ativistas do movimento e organizações aliadas, vindas de 17 países do continente. O desafio fundamental do encontro é construir um plano regional de trabalho e planejar as ações e mobilizações das Américas para a Terceira Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, entre 8 de março e 17 de outubro de 2010.

Para cumprir seus objetivos, o II Encontro Regional da Marcha Mundial de Mulheres nas Américas, além de debater a situação política, social e econômica regional, pretende aprofundar a discussão ao redor dos quatro Campos de Ação da Ação de 2010: autonomia econômica das mulheres; bem comum e aceso ao serviço público; paz e desmilitarização; e violência contras as mulheres.

Os textos com as demandas e compromissos de atuação do movimento no mundo todo, definidos a partir do VII Encontro Internacional, realizado em outubro de 2008, estão disponíveis em castelhano, inglês e francês na página eletrônica da MMM.
O debate de conjuntura deve ser marcado principalmente pelos temas da integração regional como resposta para a crise econômica que parta dos povos e dos governos a serviço dos povos, bem como o tema da ofensiva da direita, com o aumento da militarização no continente e com o golpe em Honduras.

Alianças: construindo um plano comum de ação

A agenda do encontro da MMM também tratará do tema das alianças estratégicas. Miriam Nobre, coordenadora do Secretariado Internacional da MMM, explica que o movimento trabalha com duas perspectivas de alianças: “uma é a presença nas lutas dos movimentos sociais do mundo todo e a outra são as alianças com redes e organizações feministas”. Dessa maneira, movimentos sociais com quem a Marcha compartilha estratégias comuns vão participar do encontro, como ALAI, Amigos da Terra, Grassroots Global Justice (GGJ, dos Estados Unidos), CLOC-Via Campesina, além das redes feministas Rebelles (de jovens feministas do Canadá), a Organización Femenina Popular (de Colombia), a Red Mujeres Transformando la Economía (Remte) e a Red Mujeres y Minería (RMM). “Pretendemos concretizar mais um plano de luta comum em nossa região e também pensar nossa presença e afirmação do feminismo, por exemplo, nos espaços como o Fórum Social Américas ou na luta por uma integração regional que seja realmente criadora de igualdade entre homens e mulheres e entre os povos”.

A cobertura do II Encontro Regional da Marcha Mundial das Mulheres nas Américas está disponível no link http://www.movimientos.org/mujeres/encuentroamericas/

Ação em solidariedade a Honduras

Como em todos os encontros da Marcha Mundial das Mulheres, o encerramento será marcado por uma manifestação que faz o vínculo com o país e que tornam públicas as decisões do encontro. “No último dia, 12 de agosto, marcharemos com as mulheres da Bolívia nas ruas de Cochabamba para afirmar nossas alternativas, dizer alto que nós somos todas Honduras, que não aceitamos o golpe militar, que exigimos a volta do presidente legítimo Manuel Zelaya, da discussão da constituinte e de tudo que estava acontecendo por lá”, finaliza Miriam.

Fonte: MMM