Gastança com pagamento de juros continua elevada
Os governos gastaram R$ 13,506 bilhões com o pagamento de juros da dívida pública em junho. No mesmo mês do ano passado, a conta somara R$ 17,128 bilhões. No acumulado do primeiro semestre de 2009, a despesa com juros nominais atingiu R$ 78,937 bilhões, o correspondente a 5,46% do Produto Interno Bruto (PIB).
Publicado 10/08/2009 19:04
Em igual período de 2008, o gasto atingira R$ 88,893 bilhões (6,37% do PIB). A economia, principalmente por conta da redução da taxa Selic, foi de R$ 10 bilhões, valor que supera o orçamento anual da área de Transportes (R$ 8,6 bilhões), ou é R$ 4 bilhões inferior ao gasto do ano todo com o Bolsa Família.
No acumulado de 12 meses até junho, a despesa com juros nominais atingiu R$ 153,704 bilhões, o equivalente a 5,23% do PIB. A dívida líquida do setor público atingiu R$ 1,259 trilhão, o equivalente a 43,1% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Banco Central (BC). Em maio o indicador estava em 42,6%. Segundo o BC, além do déficit nominal registrado em junho, a valorização cambial de 1,09% no mês passado contribuiu para o aumento da relação entre a dívida e o PIB.
Superávit primário
A redução do gasto com juros levou o déficit nominal (receitas menos despesas, inclusive pagamento da dívida) a R$ 10,130 bilhões, o mais baixo para o mês desde 2001, quando se inicia a série histórica do BC que exclui a Petrobras das contas públicas. No primeiro semestre, o resultado nominal de R$ 43,682 bilhões foi o pior da série, segundo chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
Já o superávit primário (exclui pagamento dos juros) de junho, que somou R$ 3,376 bilhões, foi o mais baixo para o mês desde 2003. O resultado do semestre, de superávit de R$ 35,255 bilhões, foi o menor desde 2002. "A evolução da dívida não é explosiva. A dinâmica se mostra bastante favorável para 2009", afirmou Altamir Lopes, que ressaltou ainda que o indicador mais importante das contas públicas, atualmente, é o que mostra a redução do gasto com juros.
Com informações do Monitor Mercantil