Assessora pessoal de Yeda é indiciada pela PF
Nesta terça-feira (18) ocorreu mais um fato na policialesca situação vivida pelo governo Yeda no RS: a assessora pessoal da governadora Yeda Crusius, Walna Menezes, foi indiciada pela Polícia Federal (PF). As acusações: os crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha.
Publicado 18/08/2009 23:35 | Editado 04/03/2020 17:11

O inquérito tem origem na Operação Solidária, que investiga fraudes em licitações e as investigações foram abertas a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Walna é suspeita de favorecer empresas junto ao governo, o que acabava interferindo no resultado de licitações.
Nas interceptações telefônicas feitas durante a investigação, Walna aparece falando com Neide Bernardes, representante da Magna Engenharia. A empresa é uma das que estão sob suspeita de pagar propina a agentes públicos para obter benefícios em licitações. Em um dos trechos as duas falam em entrega de flores, o que segundo as investigações, seria código para pagamento de propina.
A sequência das investigações feitas pela Policia Federal segue agora com a análise da movimentação bancária de Walna, cujo sigilo bancário foi quebrado.
A secretária pessoal de Yeda também foi acusada pelo Ministério Público Federal de integrar uma quadrilha responsável pelo desvio de R$ 44 milhões no Detran.
Entre 2002 e 2006, Walna trabalhou junto com Marcelo Cavalcante no gabinete da então deputada federal Yeda Crusius. Ambos trabalharam na campanha eleitoral de 2006 e, com a vitória de Yeda, passaram a integrar o governo, ele em Brasília e ela em Porto Alegre, no Palácio Piratini. Junto com Delson Martini, Walna e Marcelo formavam o círculo mais íntimo de assessores de Yeda.
Na semana passada, o ex-secretário de governo de Canoas, Chico Fraga, e mais 18 pessoas foram denunciados pelo MPF por lavagem de dinheiro em um dos inquéritos também originados na Operação Solidária.
De Porto Alegre
Clomar Porto, com agências