RJ: Baixada Fluminense quer se tornar referência na agricultura
Oito municípios da Baixada Fluminense, em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), lançaram o “Movimento Agricultura na Baixada”, que visa à implantação de uma política regional de agricultura para a Região.
Publicado 18/08/2009 10:28 | Editado 04/03/2020 17:04
Para os organizadores do movimento, o fato de unir diversas prefeituras da Baixada na discussão de uma agenda comum para a região foi uma primeira grande vitória. “Deixamos de pensar individualmente para pensarmos e agirmos de forma coletiva, o que representa um avanço político”, assinala o secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Nova Iguaçu, Fernando Cid. Além de Nova Iguaçu, também fazem parte do movimento as prefeituras de Queimados, Japeri, Seropédica, Duque de Caxias, Belford Roxo, Mesquita e Paracambi.
Valorizar a agricultura familiar
O movimento surgiu da necessidade de se definir e implantar uma política regional de agricultura, que a transforme numa atividade econômica e socialmente relevante, capaz de gerar empregos e produzir riquezas, e que faça da Baixada Fluminense um pólo produtor de alimentos.
Segundo o movimento, a Baixada Fluminense possui condições favoráveis para o incremento da agricultura. Existem áreas propícias à atividade agrícola na maioria dos municípios, mão de obra disponível e um grande mercado consumidor. Além disso, a Universidade Rural, aliada a outros centros de apoio e pesquisa, como a Emater e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), darão o suporte técnico necessário.
O pequeno produtor e a valorização da agricultura familiar são os focos principais do “Movimento Agricultura na Baixada”. “Queremos valorizar a contribuição que eles podem dar na contenção do crescimento urbano e no amortecimento de impactos nas áreas de proteção ambiental”, explica Fernando Cid. Ele lembra ainda que em algumas áreas há o abandono dos produtores e a carência de investimentos no setor agrícola. “Também não podemos esquecer os inúmeros assentamos rurais existentes na Baixada Fluminense”.
Formalizada a criação do Movimento, o passo seguinte será a realização de uma conferência, para definir as metas, estratégias e as prioridades para que a agricultura seja verdadeiramente uma atividade econômica importante na Baixada Fluminense.