Aliados e oposição preparam armas para CPI da Corrupção
A CPI da Corrupção, que será instalada na quarta-feira na Assembleia Legislativa, terá sessões às segundas-feiras, a partir das 14h, e às quintas, a partir das 18h, e se estenderá até o fim de dezembro, segundo o prazo regimental de 120 dias.
Publicado 24/08/2009 13:33 | Editado 04/03/2020 17:11
Os trabalhos podem se estender ao recesso. 'Há um vasto conteúdo de informações a ser analisado', afirma a deputada Stela Farias (PT), que presidirá a CPI.
Hoje Stela se encontra, em Santa Maria, com a juíza Simone Barbisan Fortes. Vai solicitar o acesso a todos os anexos da ação de improbidade administrativa ajuizada na 3ª Vara Federal de Santa Maria pelo Ministério Público Federal. Já na primeira sessão, ela pretende apresentar a metodologia de trabalho e o rol das pessoas a serem ouvidas.
A oposição pretende ouvir cerca de 50 pessoas, entre elas os ex-presidentes do Detran Stela Maris Simon e Sérgio Buchmann, o ex-secretário-geral da Prefeitura de Canoas Francisco Fraga, o empresário Lair Ferst, o secretário adjunto estadual da Administração, Genilton Ribeiro, a assessora direta da governadora Yeda Crusius, Walna Vilarins Meneses, e o ex-secretário-geral de Governo Delson Martini. 'Prefiro apresentar todos os nomes. Se não forem aprovados os requerimentos para todas as oitivas, os motivos também deverão ficar claros.'
A oposição pretende que a CPI comece dando prosseguimento à questão envolvendo o Detran. 'É importante esclarecermos, por exemplo, a continuidade de problemas na autarquia e se o modelo de corrupção implantado no Detran se capilarizou pela administração.'
Hoje, os parlamentares da base aliada que integrarão a CPI realizam reunião para fechar sua estratégia. Ontem, o deputado Coffy Rodrigues (PSDB), mais forte candidato à relatoria, adiantou o tom do governo, destacando que a comissão não vai funcionar como uma 'CPI do Detran 2'. 'Não vão bastar as denúncias e discursos, vão ter que ser apresentadas provas', assinalou.
Os doze integrantes da comissão
Stela Farias (PT)
Ex-prefeita de Alvorada, a deputada assumirá a presidência, uma vez que foi a primeira a assinar o requerimento para a instalação da CPI.
Coffy Rodrigues (PSDB)
Ex-secretário em Canoas, como suplente do PDT, assumiu a vaga em 2007. Passou ao PSDB e foi secretário de Obras. Voltou à Assembleia este ano.
Daniel Bordignon (PT)
Prefeito de Gravataí de 1996 a 2004, elegeu-se deputado em 2006. Em 2008, disputou a prefeitura de Gravataí, mas sua candidatura foi impugnada.
Adilson Troca (PSDB)
Primeiro vereador eleito do PSDB no RS, em 1988, em Rio Grande, e secretário estadual do Meio Ambiente (2004). Em 2008, relatou a CPI do Detran.
Gilberto Capoani (PMDB)
Três vezes prefeito de Sertão e diretor-administrativo do Banrisul em 2003, elegeu-se para a Assembleia em 2006. É líder da bancada do PMDB.
Sandro Boka (PMDB)
Suplente do PMDB, renunciou à vereança em Rio Grande e assumiu vaga na Assembleia a partir da composição do secretariado do governo Yeda.
João Fischer (PP)
Vereador mais votado em Sapiranga em 1992. Em 1994, elegeu-se deputado, está no quarto mandato consecutivo. É o líder da bancada do PP.
Pedro Westphalen (PP)
Eleito deputado estadual pela primeira vez em 2003, foi secretário da Ciência e Tecnologia em 2007 e hoje é líder do governo na Assembleia.
Paulo Azeredo (PDT)
Está no quarto mandato como deputado. Quando o PDT ainda integrava o governo Yeda, foi secretário de Obras. Retornou à Assembleia em 2007.
Paulo Borges (Dem)
Jornalista, tornou-se conhecido como o “homem do tempo” e elegeu-se deputado pela primeira vez em 2006. É líder da bancada do Dem.
Luciano Azevedo (PPS)
Elegeu-se vereador em Passo Fundo nas eleições de 1992, 1996 e 2000. Concorreu à prefeitura da cidade em 2004. Em 2006, foi eleito deputado.
Iradir Pietroski (PTB)
Ex-prefeito de Erval Grande, elegeu-se deputado pela primeira vez em 1990. Foi secretário do Trabalho entre 97 e 98 e presidiu a Assembleia em 2005.
FONTE: Correio do Povo