Carrion defende redução da jornada e fim do fator previdenciário

O deputado Raul Carrion (PC do B) ocupou o período do Grande Expediente na sessão plenária desta quarta-feira (26) para defender a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim do Fator Previdenciário.

Conforme Carrion, a Proposta de Emenda Constitucional nº. 231/95 – que reduz a jornada semanal de 44 para 40 horas, sem redução de salários – é hoje um dos debates centrais no Congresso Nacional.

"A referida PEC – apresentada há 14 anos pelos então deputados (e hoje senadores) Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS) – propõe, além da redução da jornada de trabalho, que o adicional das horas extras aumente de 50 para 75%", explicou o deputado. "Segundo o DIEESE, essa medida gerará em torno de 2,8 milhões de novos postos de trabalho. Com o aumento do número de trabalhadores, crescerá a renda salarial, se fortalecerá o mercado interno e o consumo de massas, dando um novo impulso à produção, ao comércio e aos serviços, beneficiando o conjunto da economia”, enumerou Carrion.

O parlamentar fez um estudo histórico da evolução da jornada do trabalhador assalariado e também estabeleceu um comparativo entre a carga horária de trabalho no Brasil e em outros países. “Segundo o Anuário Estatístico do Trabalho da OIT, ela já é de 31,9 horas no Canadá, 34,6 na Noruega, 34,8 na Austrália, 35,4 na Espanha, 35,6 na Suíça, 37 em Israel, 38,3 na Itália, 38,6 na França, 39,6 no Reino Unido, 40,8 na Alemanha, 42 no Japão e 42,6 nos Estados Unidos. O que mostra a falácia dos que afirmam que a redução da jornada para 40 horas inviabilizaria o Brasil, que não teria como competir com o resto do mundo. Ainda mais que no Brasil os salários são ridículos em comparação com os desses